São Paulo – Olimpíada não é novidade para Claudinei Quirino, ex-velocista que foi prata no revezamento 4x100m rasos dos Jogos de Sydney, Austrália, em 2000. Porém, tudo é inédito para o consultor técnico da equipe Brasil Telecom de Atletismo quando a competição tem a neve como palco e o trenó no lugar das sapatilhas. Quirino chega a Turim, na Itália, hoje, com o objetivo de defender o Brasil nas Olimpíadas de Inverno. Convocado pela Confederação Brasileira de Desportos no Gelo (CBDG), ele será reserva da seleção nacional de bobsled.
A diferença climática será grande: Quirino sairá do calor das pistas de Presidente Prudente, no interior de São Paulo, onde assessora o técnico Jayme Netto Júnior, para as geladas montanhas italianas. ?Nos últimos dias, o termômetro marcou quase 50 graus na pista, durante os treinamentos em Prudente. Eu vou de um extremo a outro. Nunca imaginei que um dia defenderia o Brasil na neve e sobre um trenó em alta velocidade. Dá até medo, na hora da largada, pois o esporte é bem radical?, confessou o ex-velocista, que foi vice-campeão mundial nos 200 metros rasos em Sevilha (1999).
Ele quer levar a sua experiência no revezamento 4x100m para o bobsled, que também é fundamentado na união e sincronismo de quatro atletas. ?Competir em quartetos virou a minha sina. No bobsled, treinei para ser o terceiro homem a entrar no trenó. A velocidade, agilidade, força e concentração são fundamentais?, ensina Quirino. A equipe titular dos ?bananas congeladas?, como são conhecidos os representantes nacionais do bobsled, será formada pelo piloto Ricardo Raschine, mais Edson Bindilatto, Armando Santos e Márcio Silva. ?Fui recebido de braços abertos por todos eles?, concluiu Quirino.