Que venha a guerra, o Tricolor está pronto

O Paraná Clube se prepara para a “guerra”. No clássico de amanhã, às 16 horas, no Pinheirão estará em jogo não apenas o futuro da equipe no paranaense-2003, mas a possibilidade de um calendário mais atrativo com a conquista de uma vaga na Copa do Brasil. O fraco desempenho da equipe nas duas primeiras rodadas do estadual deixaram o técnico Caio Júnior em xeque. Novo deslize poderá colocar em risco todo o projeto organizado para a temporada.

Neste “fogo cruzado” vale tudo e até um certo suspense em relação à formação que o Tricolor utilizará. É certo que Caio Júnior recompõe a defesa com a volta de um líbero, mas a definição do time ainda depende do departamento médico. Marquinhos e Dauri, os principais articuladores da equipe, não participaram do treino tático de ontem à tarde. O trabalho foi direcionado para jogadas ensaiadas, cobranças de faltas e também penalidades máximas. Caso haja empate no tempo normal e na prorrogação, a vaga na Copa do Brasil será decidida nos pênaltis.

Precavido, Caio Júnior pediu que os portões do Pinheirão fossem fechados, evitando assim alguma “espionagem” de última hora. Houve também um pedido para que os cinegrafistas só fizessem imagens após este treino específico. “Um pequeno detalhe pode fazer a diferença num jogo como este”, destacou Caio. Sem os dois organizadores do meio-de-campo, o técnico optou por uma formação defensiva. Armou o Paraná com três zagueiros e três volantes. “Não considero o Émerson, por exemplo, um volante”, argumentou. “Estou buscando um time competitivo, que consiga aliar força e experiência.”

Nas entrelinhas Caio Júnior deixou claro que Roberto retorna ao time para compor o sistema defensivo ao lado de Cristiano Ávalos e Ageu. Com Neneca na meta e Jeferson e Fabinho nas alas, a zaga está pronta. A equipe, porém, só estará completa amanhã. Pelas informações do médico Júnio Chequim, Dauri tem presença assegurada no clássico. O meia-atacante foi poupado ontem devido a dores na coxa esquerda. A comissão técnica já manifestou o desejo de utilizá-lo mais à frente, como um segundo atacante. Esta alternativa, no entanto, está diretamente ligada à disponibilidade de Marquinhos.

O meia ainda está com o tornozelo direito bastante inchado e sua presença no clássico dependerá da evolução do tratamento. Caio já avisou que espera o jogador até domingo, se necessário. Os médicos avaliam Marquinhos hoje pela manhã e definem se ele irá se concentrar ou se será vetado para o jogo. Marquinhos sofreu a entorse ainda no primeiro tempo do jogo frente ao Beltrão, mas conseguiu superar a dor e permanecer em campo até o fim da partida. Se liberado, Marquinhos assume seu posto no meio-de-campo, mas Caio não antecipou quem sairia da equipe.

A fase final do treino foi voltada para cobranças de penalidades máximas. Onze jogadores foram selecionados para duas finalizações cada e o aproveitamento foi de 72,7%. Mesmo com o Paraná tendo marcado somente três gols neste paranaense, os atletas mostraram eficiência nos pênaltis. O goleiro Neneca só conseguiu duas defesas em 22 cobranças. Outros três pênaltis foram chutados para fora e um “carimbou” a trave.

Voltar ao topo