Quarenta dias depois, Rafinha finalmente volta

Rafinha já não agüentava mais. Após quarenta dias, ele enfim volta a estar à disposição do técnico Antônio Lopes, sendo uma das prováveis novidades da equipe para a partida de domingo, às 18h, contra o Palmeiras, no Couto Pereira.

Depois de um período na seleção brasileira sub-20, o lateral estava pronto para retornar, quando fraturou a mão direita. E aí ele teve que acompanhar o crescimento do time no brasileiro das arquibancadas.

A primeira parte da ausência do lateral foi alegre. Pela primeira vez, ele deixou o Brasil – e foi logo para o Japão. “Foi incrível, porque a gente pôde conhecer uma cultura completamente diferente da nossa”, afirma Rafinha, que defendeu a seleção na vitoriosa campanha do Torneio de Shizuoka, enfrentando a seleção da cidade, o Japão e a Turquia.

O lateral vivia, tão cedo, sua melhor fase como profissional. Deixara o Coxa como titular do meio-campo, e fora também titular na seleção. “Ele estava muito bem, jogando todas e também participando de uma competição internacional”, lembra o técnico Antônio Lopes, um dos principais entusiastas de Rafinha.

Aí veio o azar. Quando voltou do Japão, o lateral – inscrito para a disputa da Copa Sul-Americana e provável titular do jogo de ida com o São Caetano – caiu de mau jeito em um treinamento e acabou fraturando a mão direita. “Fiquei muito chateado, porque a gente estava melhorando no brasileiro, e iria disputar uma competição importante”, reconhece o jogador.

Restou para Rafinha a torcida. “Eu tinha que ficar na arquibancada acompanhando as partidas”, conta. Durante a parada, quando não podia jogar por estar com o braço completamente imobilizado, o jogador apenas treinava. “Mas isto foi bom, porque ele continuou o trabalho físico e técnico, e não perdeu o ritmo”, comenta Antônio Lopes.

Liberado pelo departamento médico, ele está pronto para voltar. “Estava louco para retornar, e agora pretendo ficar de vez”, garante Rafinha, que a princípio disputa uma vaga na lateral direita. “Ele é uma ótima opção, mas quero ver o Jucemar também”, diz o Delegado.

A possibilidade de escalar Rafinha no meio contra o Palmeiras foi descartada por Lopes – Reginaldo Vital sofreu um estiramento na coxa e fica fora duas semanas. “Nesse momento, não. O Vital está jogando mais pela esquerda, e a opção então vai recair sobre um jogador canhoto”, explica o treinador coxa, que deve optar entre Ricardo e Cléber.

Comissão sabia do desgaste

Após a derrota para o Atlético-MG, muitos questionaram o cansaço apresentado por alguns jogadores do Coritiba na partida de Belo Horizonte, mas a comissão técnica já esperava essa reação. Nesta entrevista, o fisicultor Manoel dos Santos fala sobre o atual estágio físico do Coxa.

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– Era previsível o desgaste do grupo?
Manoel – Temos que ir mais à frente na análise. Foram, na verdade, 21 jogos desde a intertemporada, quer dizer, em pouco menos de três meses. E sempre jogando quarta e domingo. Precisamos contar esse acúmulo total de partidas, e há um desgaste natural dos atletas.

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– Era necessária uma ?pisada no freio? para os titulares?
Manoel – Já estava no nosso planejamento. Estávamos esperando esta semana sem jogos para diminuir a carga. Nossa intenção é realmente desacelerar para que pudéssemos recuperar estes atletas.

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– O momento físico é o esperado no planejamento inicial?
Manoel – A dificuldade maior foi o momento que sucedeu à decisão do campeonato paranaense. Havia um desgaste, e mesmo assim o time se portou bem. A partir da intertemporada, o elenco cresceu bastante.

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