Psicólogos agitam treino do Corinthians

A psicóloga Regina Brandão está acostumada a superar desafios. Antes da Copa do Mundo, disputada na Ásia, ela teve de se desdobrar para convencer Luiz Felipe Scolari de que o sucesso de seu trabalho no comando da seleção brasileira dependia de um bom acompanhamento psicológico. O treinador se curvou aos argumentos e, com o seu gênio de gaúcho turrão finalmente domado, superou obstáculos e foi campeão do mundo. Hoje, Scolari não se cansa de elogiar os métodos de Regina. A profissional agora presta serviços ao Corinthians e, pelo jeito, mais uma vez terá de pular mais barreiras.

O seu trabalho no Corinthians está envolto em mistérios e resistências. Sábado, o médico Joaquim Grava anunciou em Extrema que ela e Franklin Ribeiro de Oliveira – também psicólogo e irmão de Wagner Ribeiro, empresário que cuida da carreira de Kaká e Robinho – iriam fazer um trabalho com os jogadores da categoria de base do clube.

Ontem, no entanto, Regina e Franklin deram plantão em Extrema. Foram vistos conversando com vários jogadores da equipe profissional. O técnico Geninho foi contra as evidências. “Eles (Regina e Franklin) estão aqui para fazer um trabalho com os jogadores novos, aqueles que subiram recentemente para o time profissional. Que fique bem claro: não tenho nada a ver com a contratação desses profissionais. Eles estão atrelados ao departamento médico. E também não se trata de um trabalho motivacional, que normalmente é feito antes de uma decisão de campeonato. Eles vão fazer o perfil psicológico dos jogadores jovens do Corinthians”, discursou o treinador.

Mas não foi o que se viu. Regina e Franklin conversaram com jogadores que já foram profissionalizados há muito tempo, como o atacante Deivid, formado nas categorias de base do Nova Iguaçu e que também atuou no time principal do Santos. Deivid teve uma hora de conversa com os dois psicólogos. “Eles quiseram saber como é a minha família. Eu já conheço este trabalho. No Nova Iguaçu, também conversava com uma psicóloga. Só que na época eu era muito moleque. Eu não queria falar nada. Eu e um amigo do time ficávamos rindo. Ela falava que eu era maluco”, contou.

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