 |
| Com o piso nivelado, agora |
Já terminaram as primeiras etapas da "reconstrução" do gramado do Couto Pereira. Os técnicos retiraram toda a grama antiga (que teve a sua base plantada há 45 anos), aplicaram veneno, para que o novo gramado cresça sem problemas e nivelaram o campo, fazendo com que uma saliência de sessenta centímetros fosse anulada. Com isso, encerra-se uma era do estádio, que ainda utilizava sistemas arcaicos de drenagem, apesar de esta ter sido aprovada nos testes feitos pela empresa que recupera o Alto da Glória, que prevê liberar o campo ainda para o campeonato paranaense.
No passado, imaginava-se que o desnível poderia ajudar no escoamento da água para as laterais do campo. Apesar da obviedade, a iniciativa apenas fazia com que a água se acumulasse nas laterais, dificultando a drenagem naqueles setores. Com isso, acontecia o resultado inverso: o excesso de chuva "nivelava" o gramado do Couto Pereira, piorando o estado do campo.
Agora, o gramado está na mesma ‘altura’ – pelo menos no nivelamento manual. "Decidimos realizar um nivelamento a laser, para que o campo fique perfeito, sem qualquer irregularidade", explica Denis Renaux, engenheiro agrônomo que supervisiona a obra para a empresa Grasstecno – que, além de cuidar do Alto da Glória, faz a manutenção dos quatro campos do CT da Graciosa (e está implantando o quinto) e do Joaquim Américo.
Este nivelamento, que será feito na terça-feira, encerra a parte "destrutiva" da reforma. Neste período, que iniciou-se logo após a partida coxa contra o Goiás, no dia 12, foram retirados quase dois mil metros cúbicos de grama e terra (seriam necessários trezentos caminhões para retirar tudo isso). O próximo passo é preparar o solo "puro" com areia para que possa ser feito o plantio da grama Bermuda 419, a mesma usada nos melhores gramados do País, como o Beira-Rio, em Porto Alegre. O início deste plantio está marcado para o dia 10 de janeiro.
A boa notícia para a torcida é que o Couto Pereira poderá ser reaberto semanas antes do previsto, que era para a estréia do Coritiba no campeonato brasileiro, quer dizer, em meados de abril. "Devemos entregar o gramado no começo de abril, mas agricultura depende da colaboração do tempo, com sol e chuva na medida certa", ressalta Denis Renaux. Isto acontece porque o gramado já chegará crescido – é como se um "tapete" de grama fosse implantado no solo.
Revitalização
Aproveitando o fato de o Couto Pereira está fechado, a diretoria do Coritiba está acelerando as obras nas sociais do estádio. Estão previstas para 2005 a inauguração do Memorial do clube e a instalação de um restaurante no mesmo nível da loja oficial do clube. Enquanto o Alto da Glória é um "canteiro", o time disputará o campeonato paranaense e a Copa do Brasil no Estádio Willie Davids, em Maringá.
Paranaguá rende processo
Ainda vai dar pano para manga a confusão do jogo Rio Branco 1×2 Coritiba, realizado em 29 de fevereiro, no Estádio Nelson Medrado Dias. O Tribunal de Justiça do Paraná acatou o pedido do presidente coxa Giovani Gionédis, e abriu o processo contra o atual prefeito de Paranaguá Mário Roque. O mandatário alviverde acusa o político de calúnia, injúria e difamação. O caso não envolve os dois clubes.
Naquela partida, a diretoria coxa foi colocada próxima à torcida do Leão. No momento em que Miranda fez o gol da vitória, Gionédis (que assistia ao jogo ao lado do filho e do então vice-presidente Domingos Moro) comemorou e fez, segundo os dirigentes do Rio Branco, sinais ofensivos. Foi o estopim de uma confusão que começou nas cadeiras e terminou na porta do vestiário do Cori.
No calor da confusão, o prefeito Mário Roque, torcedor do Coritiba, atacou Giovani Gionédis diretamente. "É uma vergonha ter o Gionédis como presidente. Ele é um mau-caráter, pilantra e sem ética. Pude comprovar isso quando ele era chefe da Casa Civil do governo Jaime Lerner, e precisei falar com ele como prefeito da cidade de Paranaguá", desabafou.