Lances épicos

Presença de Abatiá no Coxa gerou lances épicos no gramado

A presença de Abatiá com a camisa alviverde ganhou dimensões épicas no dia 8 de setembro de 1971, no Parque Antártica, em São Paulo, contra o Corinthians, quando ainda no primeiro tempo o Coritiba perdia por 2×0. “O Tim tirou Renatinho e colocou Negreiros e consertou o meio-campo”, diz Tião Abatiá. E o Coritiba conseguiu uma virada sensacional. Com um gol de Leocádio, outro de Tião Abatiá e o último de Paquito, chutando com a perna esquerda. A virada impossível aconteceu. E o Coritiba anotou um resultado histórico. O Coxa ainda daria mais espetáculo.

Numa quarta-feira à noite, dia 27 de outubro, no jogo contra o Santos no Belfort Duarte, numa arrancada espetacular, Tião Abatiá deixou Ramos Delgado e Lima para trás e tocou na saída do goleiro Cejas. Uma jogada digna de Pelé, que estava em campo, jogando. A crônica esportiva que já estava convencida da categoria de Tião Abatiá, enalteceu no dia seguinte: “Deu Abatiá no espetáculo do Rei Pelé. Coritiba 1×0. Público pagou 248 mil e vibrou até o fim”. Outra manchete dizia: “Foi a rainha das vitórias contra o time do Rei Pelé”. Aqueles espetáculos não passavam em branco: quando o campeonato terminou, o centroavante do Coritiba foi eleito pela revista Placar com o troféu Bola de Prata, juntamente com outro companheiro dos tempos de União, o zagueiro Pescuma. Depois daquele ano em que Tião Abatiá apareceu no Belfort Duarte para assombrar o torcedor, o futebol paranaense nunca mais foi o mesmo.