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Prata no México-68 e pai de bicampeão olímpico, Daniel Rudisha morre aos 73 anos

O ex-corredor queniano Daniel Rudisha, que conquistou uma medalha de prata na Olimpíada do México, em 1968, morreu na última quarta-feira aos 73 anos de idade. O falecimento foi confirmado nesta quinta por David Rudisha, bicampeão olímpico da prova dos 800 metros e filho de Daniel. Ele anunciou que o seu pai sofreu um ataque cardíaco enquanto realizava um tratamento de diálise.

Diabético, Daniel vinha enfrentando problemas de saúde há vários anos e precisou ser internado em uma unidade de terapia intensiva (UTI) nesta semana por causa de uma complicação renal. “Nosso amado pai infelizmente nos deixou na noite passada”, disse David. “Ele tinha se recuperado e estava a caminho de ficar com boa saúde depois de ter sido levado a uma unidade de tratamento intensivo. Ele estava falando e brincando como de costume enquanto passava por seu tratamento de diálise, mas em torno das 11 horas teve um repentino ataque do coração”, completou.

Daniel Rudisha conquistou a medalha de prata na prova do revezamento 4×400 metros dos Jogos Olímpicos do México, em 1968, quando o Quênia atingiu um dos seus primeiros feitos entre os muitos que veio a colecionar no atletismo mundial. Naquela mesma Olimpíada, Kip Keino também brilhou pelo país africano ao faturar o ouro nos 1.500m.

“Tentaremos nos manter fortes durante estes tempos difíceis”, afirmou David Rudisha, recordista mundial e também duas vezes campeão do mundo na prova dos 800 metros, sendo que muitas vezes ele citou o seu país como inspiração para a sua carreira.

David presenteou Daniel com a sua primeira medalha de ouro olímpica, conquistada nos Jogos de Londres-2012, quando ele também estabeleceu o recorde mundial dos 800m, que perdura até hoje. Ele cravou a marca de 1min40s91 para se garantir no topo do pódio em grande estilo, superando o recorde anterior, do dinamarquês Wilson Kipketer, que havia sido obtido em 1997.

Ao lamentar a morte de Daniel Rudisha, a Federação Queniana de Atletismo afirmou nesta quinta-feira que ele foi um “pioneiro” para o seu país nesta modalidade e “estabeleceu as bases para a atual safra de atletas do Quênia”.

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