Poluição ainda preocupa às vésperas do início dos Jogos Olímpicos

Por enquanto, a programação das Olimpíadas não muda, mas as competições realizadas em espaço aberto podem ter locais ou horários alterados caso os níveis de poluição permaneçam altos demais.

Por hora, continua valendo a declaração dada dois meses atrás pelo presidente do Comitê Olímpico Internacional (COI), Jacques Rogge: “Se a poluição nos forçar, mudaremos as competições de local”. As modalidades mais ameaçadas são a maratona, a marcha atlética, o ciclismo e as provas de natação realizadas no mar.

Não é a primeira vez que a poluição é fator determinante na programação dos Jogos Olímpicos. O mesmo já havia acontecido em Los Angeles e em Seul, quando algumas competições de longa duração foram transferidas para horários de menor densidade de poluição atmosférica.

Gilbert Felli, um dos responsáveis do COI, afirmou que não será necessário, na situação atual, mudar o programa das competições olímpicas a céu aberto. Disse ainda que espera que continue chovendo para que se chegue à qualidade de ar aceitável.

O Escritório de Proteção Ambiental de Pequim controlará dia a dia o nível da poluição do ar, levando em consideração as condições meteorológicas dos locais destinados a receber as competições. Com base nos dados, será tomada a eventual decisão de mudar o evento de lugar, mas somente “se for necessário”.

“Aplicaremos um plano de emergência com um aviso prévio de 48 horas se a situação piorar durante os jogos”, afirmou Li Xin, responsável operacional do escritório de Pequim para Proteção Ambiental.

Na última semana, Pequim foi coberta por uma neblina provocada pelo calor úmido da poluição. Já na noite passada e na manhã desta terça-feira (29), caíram sobre a cidade alguns temporais que, ao menos por hora, limparam o ar e fizeram a temperatura cair alguns graus.

Não é possível, no entanto, prever quanto vai durar o efeito benéfico das chuvas e do vento. Por enquanto, algumas delegações olímpicas já começam a se prevenir. A delegação japonesa chegará a Pequim com 500 máscaras de uso industrial para se proteger da poluição que ameaça também Hong Kong, região chinesa que hospedará as competições de equitação.