“Pior momento” na seleção italiana, diz Lippi

O técnico da seleção italiana, Marcello Lippi, reconheceu a “má impressão” deixada por sua equipe na Copa das Confederações, após a derrota para o Brasil por 3 a 0, e disse que este é seu “pior momento” no comando do time.

Para justificar a participação discreta de seu país na competição, Lippi disse que a Itália passa por um processo de renovação do elenco. “Tomamos alguns tapas e voltamos para casa. Mas a reconstrução da seleção está acontecendo. Eu nunca disse que estava completa, e que estes eram os jogadores que irão à Copa do Mundo”, afirmou.

O técnico italiano também admitiu que o futebol de seu país está em crise. “Com certeza, ler todos os dias que Kaká irá embora, que Pirlo é negociável, que Maicon quer deixar (a Inter de Milão), dá uma sensação de empobrecimento”, avaliou.

Apesar disso, Lippi negou que a seleção italiana esteja em crise. Para ele, a equipe passa por um processo de “redimensionamento” em vista da próxima Copa do Mundo. Assim, o treinador disse “não estar preocupado”.

“Quando as coisas vão mal, deve-se agir e tomar medidas. Não vim aqui com os olhos tapados. Ninguém tinha dito que a renovação estava concluída”, explicou Lippi, acrescentando que no início da preparação para a Copa da África do Sul, foi necessário manter alguns veteranos, mas agora a situação mudou.

“Agora há muita clareza na minha cabeça, percebi muitas coisas”, disse, acrescentando que fará mudanças significativas na equipe, mas não revelou quem sai e quem entra no elenco.

“Nomes não dou, mas tirei as minhas conclusões. E não se referem somente aos ‘velhos’, pois agora tenho uma ideia mais clara também sobre os novos”, anunciou.

Após ter perdido para o Egito por 1 a 0 na última quarta-feira, a Itália entrou em campo contra o Brasil precisando vencer para manter chances de se classificar para a próxima fase. A seleção de Dunga, por sua vez, também não tinha a vaga assegurada, mas um empate bastava.

Com a derrota para o Brasil – a segunda no ano – o time comandado por Lippi acabou eliminado no saldo de gols, deixando a segunda vaga do grupo para os Estados Unidos, que havia começado a última rodada da primeira fase na 4ª colocação, praticamente sem esperanças.