Piloto da Stock Car cobra exame antidoping na categoria

A pouco mais de um mês do início da temporada de 2008 da Stock Car, nenhum assunto está tão em alta na categoria quanto a segurança. Na última corrida de 2007 na Stock Car Light, em dezembro, um acidente na Curva do Café, em Interlagos, teve como vítima fatal Rafael Sperafico. Com a batida na barreira de pneus seu carro voltou para a pista e foi atingido pelo adversário de número 62, de Renato Russo. O campeonato começa dia 13 de abril – novamente em Interlagos.

Russo ficou dois meses sem falar com a imprensa. Revelou que cogitou parar de correr quando pensou que tivesse matado Sperafico. Mas diz que se sentiu aliviado ao ter acesso ao laudo da necropsia, que apontou a morte de Rafael no primeiro impacto e não no segundo, como foi informado. Russo disparou contra a falta de fiscalização da Confederação Brasileira de Automobilismo quanto ao uso de equipamentos de segurança. ‘No Brasil, começa tudo errado a partir da política. O exemplo é seguido no esporte. Na Europa, em qualquer batida, a primeira coisa que os comissários de prova fazem quando o piloto sai do carro é cortar a cinta do capacete, para não usar mais. Aqui no Brasil não tem isso. Tem cara que usa o capacete por 10 anos e ninguém faz nada. A luva não é antichama, a camiseta de baixo é normal e deveria ser antichama. O pessoal parece não ter muito interesse na segurança – que não é vigiada. Não tem um comissário para avaliar isso. A maioria pensa: ‘Nunca vai acontecer comigo”, critica.

O piloto também cobra exame antidoping na categoria. ‘Desde o ano passado, o Dino Altmann (médico responsável pela Stock) está insistindo, mas a CBA não faz nada. Quando usa certas substâncias, o cara perde totalmente os reflexos. E aí saem as porradas perigosas. Depois falam que perderam controle, que houve falha no carro. Tem piloto que bebe uísque antes da largada. Tem gente que fuma maconha, que cheira… E faz tempo.’ Russo também não poupou críticas à falta de preparo físico de alguns companheiros de trabalho.

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