O árbitro Jean Pierre Gonçalves, que comandou a partida entre Atlético e Guarani, terça-feira passada, no Ecoestádio, relatou em súmula as ofensas proferidas por Mário Celso Petraglia, presidente do clube rubro-negro, após o apito final. O dirigente foi atrás do árbitro para reclamar da condução da partida, esbravejando e botando o dedo na cara de Jean Pierre. “Eu te conheço, tu é gaúcho, está a mando do Noveletto [Francisco Noveletto -presidente da Federação Gaúcha], tu vai ver só o que eu vou fazer, vou mandar a fita, tu vai ver só, vou acabar com a tua carreira, você é de Pelotas, eu já sabia que você vinha para fazer isso, você está marcado”, teria dito Petraglia, segundo relato do árbitro da partida.
A súmula da partida será encaminhada à Procuradoria do Superior Tribunal de Justiça Desportiva (STJD) que decidirá sobre a denúncia. Ainda sem querer entrar em detalhes sobre o possível andamento do caso, o advogado do Atlético, Domingos Moro, está tranquilo em relação à possibilidade de perda de mando de campo, por conta da situação.O dirigente é que pode ser punido pela atitude, mas sem qualquer possibilidade de previsões por ora. Porém, Moro adianta que a situação é mais tranquila que a enfrentada por Alfredo Ibiapina, no ano passado, quando o então diretor de futebol do Furacão invadiu o gramado durante o jogo contra o Palmeiras, no dia 7 de setembro. “A situação tem uma certa similitude, mas lá houve prejuízo ao espetáculo. No Jaguito Malucelli o jogo já havia acabado e não houve dolo esportivo. O espetáculo não foi interrompido”, explica Moro.
Contudo, o advogado não quer dar garantias antecipadas de que a situação é tranquila. Antes de ver a decisão do STJD, ele prefere manter a cautela. “Quero esperar, por que ela pode vir diferente do que se imagina”, diz o advogado do Rubro-Negro.