Penalty mostra nova tecnologia no voleibol

A Penalty, em parceria com a Confederação Brasileira de Voleibol (CBV), lançou, ontem, a Penalty D-Tech, uma bola com nova tecnologia inédita no mundo que auxiliará times, técnicos, árbitros e auxiliares a esclarecerem jogadas duvidosas.

O ginásio José Côrrea, em Barueri (SP), foi o palco do jogo que exibiu a novidade. O time do Santander/São Bernardo (SP) testou a tecnologia. Com o novo sistema, será possível saber, com precisão, se as bolas caíram dentro ou fora da quadra, além da velocidade no momento dos ataques.

“Mais uma vez, o voleibol brasileiro está à frente dos demais países. Esta inovação pioneira, com certeza, será benéfica para o esporte como um todo. Só temos a ganhar com esta nova tecnologia”, disse Ary Graça, presidente da CBV. “Essa tecnologia trará um avanço tecnológico para o vôlei mundial. É algo inédito e que beneficiará o esporte”, disse Roberto Estéfano, presidente da Penalty.

Ary Graça lembrou que o sistema não substituirá os árbitros auxiliares, que continuarão em quadra para marcarem outras infrações que interferem diretamente no jogo. Ary Graça disse que agora depende da Penalty colocar em prática a novidade na próxima Superliga.

“O sistema é bom. Agora, precisamos discutir quando será colocado em prática. A Penalty definirá quando e como utilizará a tecnologia. Vamos levar projeto para ser avaliado na Federação Internacional. Mas, como presidente da Confederação Sul-Americana e da União Pan-Americana, dou a certeza de que ele poderá ser utilizado nos torneios nas Américas”, destacou Ary Graça.

Chip entregará tudo

O sistema funciona de maneira integrada. A partir do quique da bola nas áreas que geram dúvidas, um chip, encapsulado no seu interior, envia um sinal por meio do sistema RFID (Radio Frequency Identification) para as antenas, que se comunicam com as câmeras, registrando se foi dentro ou fora, e chega ao palm top em poder do árbitro.

Distribuídas de 2 em 2 pelos cantos da quadra estão 8 antenas, em suportes protegidos, sendo um com 8,5m e outro com 63 centímetros. A distribuição existe para que o sistema possa captar bolas baixas e altas. Após receberem o sinal, enviado pelo chip dentro da bola, a informação chega às câmeras, que identificará se o evento ocorreu dentro ou fora da quadra.

As 6 câmeras estão distribuídas nas laterais da quadra que variam entre 1m e 1,20m, e registram os lances duvidosos após recebem a informação das antenas. Depois disso, a imagem da bola duvidosa, junto com a resposta do lance, chega ao palm do árbitro.

Após 4 anos de pesquisa, a Penalty D-Tech é uma realidade. Qualquer jogo pode contar com o sistema, mediante instalação do tapete oficial da quadra de voleibol e equipamentos para monitoramento. A quadra deve ser parametrizada com antenas e câmeras.