Paulo Campos na mira do Atlético

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Técnico do Paraná pode mudar
de ares e seguir os rumos da Arena.

E agora, José? Com a lista dos treinadores pretendidos praticamente esgotada pela falta de acerto entre as partes, o Atlético poderá partir para uma medida mais radical: fazer uma proposta a um profissional que já esteja empregado. Essa é a avaliação dos dirigentes do Rubro-Negro, que ainda não conseguiram sucesso no intento de achar o nome ideal no mercado para comandar a equipe na Copa Libertadores da América e Campeonato Brasileiro. Assim, Paulo Campos, que dirigiu o Paraná Clube no Nacional passa a ser a bola da vez na Baixada.

"Nós estamos imaginando que tenhamos que fazer uma proposta para alguém que esteja contratado", revelou João Augusto Fleury da Rocha, presidente do Furacão. De acordo com ele, os nomes pretendidos pelo clube impuseram cláusulas inaceitáveis para treinar o vice-campeão brasileiro. "Uns querem ir embora em julho, outros querem todo o prêmio da CBF (pelo segundo lugar na competição passada)", explica.

O clube quer um treinador jovem, ambicioso, com alguma experiência em torneio internacional e que tenha um projeto de médio prazo (pelo menos uma temporada de trabalho contínuo). Paulo Bonamigo (Botafogo), Péricles Chamusca (Goiás) e Geninho (Al Helal) interessavam, mas, por um motivo, ou por outro, não acertaram. Cuca, Marco Aurélio, Paulo César Gusmão, Ricardo Gomes, Oswaldo de Oliveira foram até cogitados ou só especulados, mas descartados de igual forma.

Com tantos nomes entrando na lista de possíveis contratáveis, o dirigente até brinca com a situação. "Alguns eu nem lembrava mais que existiam", graceja. No entanto, Fleury elogia o treinador do Paraná Clube, que só define se fica na Vila Capanema quando voltar das férias no México, no início do ano. "Ele pegou o Paraná na zona do rebaixamento e terminou o ano com um timaço", analisa. Ele não confirma essa possibilidade, mas a indefinição de Paulo Campos acertar com o Tricolor e a falta de outras opções no mercado poderá juntar as partes.

O dirigente garante que o clube não tem muita pressa para encontrar esse nome. "Como o time para a Libertadores só se apresenta no dia 17, ainda temos bastante tempo. Se contratarmos alguém agora, ele não teria muito o que fazer até lá", finaliza.

Rubro-Negro fecha a temporada no "azul"

Os aplausos da torcida após o encerramento do Campeonato Brasileiro mostram o clima com que o Atlético encerra o ano. Mesmo com a decepção pela perda do título nacional, o clube tem muito o que comemorar em 2004. Formou uma equipe competitiva, revelou grandes jogadores e, ainda por cima, deverá apresentar números invejáveis no próximo balancete. A contabilidade ainda não está fechada, mas o Rubro-Negro deve iniciar 2005 no azul. Isso sem contar que o planejamento para o ano que vem já está sendo tocado a pleno vapor.

"Foi um ano normal como os outros porque a gente olha pelo projeto. Quando este grupo pegou o clube em 1995 tinha o objetivo de tornar o Atlético auto-suficiente. Este projeto está em franco andamento e nós temos alcançado as metas", analisa João Augusto Fleury da Rocha, presidente do clube. De acordo com ele, uma dessas metas era alcançar a perenidade. "Conseguimos deixar o time estabilizado. Nós tínhamos a meta de trabalhar com jogadores jovens e formados em casa e investimos muito pouco em contratações", aponta.

De acordo com ele, o ano só não foi melhor porque faltou o título. "Não ganhamos por um detalhe", lamenta. Mesmo assim, ele destaca a equipe que disputou o Brasileirão e o Campeonato Paranaense. "Tudo aquilo que foi planejado aconteceu. Montamos uma equipe para brigar entre os favoritos e chegamos na última partida disputando o título", comemora.

Se em campo não veio o título, fora dele, o clube está caminhando cada vez mais para a modernidade. "O Atlético conseguiu a melhor receita de dinheiro em estádio", revela Fleury. O dirigente não quis entrar em detalhes sobre os números do ano, pois ainda não estão fechados, mas o balanço de 2004 deverá apresentar equilíbrio ou até mesmo superávit. Se isso acontecer, o clube começaria a colher os frutos dos investimentos na Arena e no CT do Caju.

O centro de treinamento, aliás, é o que mais deverá mudar em 2005. Com as obras já em andamento, deverá ganhar mais cinco campos de futebol, piscina aquecida, novo prédio administrativo e um hotel. Tudo para atender a todas as categorias do próprio Furacão e receber delegações do exterior, que pagam por isso. "Nós estamos formando uma escola, com toda uma metodologia de trabalho e muitas equipes estrangeiras vêm ao CT do Caju para aprender a jogar futebol do jeito do Atlético", vibra.

Saída 1 – O goleiro Cléber foi emprestado para o Santa Cruz, onde ficará um ano. Apesar do reconhecido potencial, ele ganha a chance de, finalmente, poder atuar numa equipe como titular da posição. O terceiro arqueiro rubro-negro, Tiago, passa a ser o reserva de Diego.

Saída 2 – O diretor técnico do Grêmio, o ex-treinador Mário Sérgio, quer levar o meia Fabrício para Porto Alegre. A direção do Atlético admite negociar o atleta, que se destacou esse ano atuando pelo Brasiliense, campeão brasileiro da Série B.

Negociações – Depois de confirmar as contratações do meia Jorge Henrique (Náutico), do zagueiro Édson (Ferroviária) e do volante Jairo (Paysandu), a direção do Furacão continua em busca de mais nomes para fortalecer o time nas disputas do Campeonato Paranaense e Copa Libertadores da América.

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