Paulo Baier vira símbolo do jejum atleticano

Nenhum dos jogadores que compõe o atual elenco do Furacão sabe o que é vencer um Atletiba. O jejum vem desde 2008. Os mais “antigos” no grupo são Paulo Baier, Manoel e Renan Rocha, que fazem parte do elenco desde 2009. Mesmo assim, o técnico Antônio Lopes dá pouca importância a esse retrospecto e garante que ninguém está preocupado com isso.

O treinador insiste na tese que o que já passou não deve ser levado em consideração, pois não reflete no jogo que começa em algumas horas, na Arena da Baixada. “Não tem [interferência] não. É aquilo que sempre falo, futebol é momento. Quem vive de passado é museu e futebol é presente. Os jogadores não estão nem aí para isso. Aquele jogador que é tranquilo, experiente, só liga para a partida atual”, disse o Delegado.

Deste grupo que vai para o Atletiba hoje, poucos tiveram uma segunda chance neste ano para tentar reverter a história. Das três escalações que atuaram no clássico, apenas Manoel figurou em todas. Os técnicos que antecederam Antônio Lopes, e comandaram o Furacão no Atletiba – Leandro Niehues, Adilson Batista e Renato Gaúcho – utilizaram 23 jogadores. Os goleiros foram Sílvio e Renan Rocha. Nas laterais, jogaram Marcos Pimentel, Paulinho e Edílson. A zaga contou com Manoel, Rafael Santos e Fabrício. O meio-campo teve as escalações de Vitor, Fransérgio, Robston, Deivid, Kléberson, Paulo Baier, Madson, Branquinho, Marcinho e Cléber Santaba. No ataque, jogaram Lucas, Nieto, Guerrón, Adaílton e Edigar Junio.

Destes, porém, nenhum terá tanta representatividade no Atletiba quanto Paulo Baier. Para o meio-campo, o clássico é a oportunidade de voltar a ser decisivo para o Atlético, como foi em 2009 e 2010. Neste ano, o jogador tem sido contestado, apesar de ser artilheiro do clube no Brasileirão, ao lado de Guerrón – ambos com 5 gols. Mas Paulo Baier balançou as redes muito menos que nas temporadas anteriores. Em 2009, ano em que chegou como grande reforço, marcou 8 gols. No ano passado, foram 10.

De herói e indispensável no time, o capitão também amargou desencontros. Com Renato Gaúcho, quase não teve chances. Na era Adilson Batista, sofreu com uma lesão que o tirou de parte do Brasileirão. Problemas e infortúnios à parte, para o jogo de hoje Paulo Baier novamente é esperança de gol. Antônio Lopes reconhece isso, pela qualidade e experiência do velho capitão. “O Paulo é importante, como os outros jogadores também. Ele é um grande jogador, de boa técnica e experiente”, avalizou o treinador, na expectativa de que o Furacão, enfim, encerre o jejum contra o rival.