Patrocínio da Copel pode melhorar estádios

Um projeto de lei que pretende utilizar o patrocínio da Copel para remodelar os estádios de quatro times paranaenses poderá se tornar realidade até o fim do ano.

A proposta do uso de “naming rights” (uso da marca) da empresa de economia mista foi aprovada ontem pela Comissão de Constituição de Justiça (CCJ) da Assembleia Legislativa do Paraná.

O projeto de autoria do deputado estadual Stephanes Júnior ainda precisa passar por três votações no plenário. A intenção é utilizar recursos da Copel para adequar estádios paranaenses às exigências da Fifa e ao Estatuto do Torcedor.

Na proposta inicial, apenas Atlético, Coritiba e Paraná seriam beneficiados. No entanto, uma emenda do deputado Jocelito Canto colocou o Operário de Ponta Grossa no grupo dos que poderão receber o “naming rights” da Copel.

Na argumentação do projeto, Stephanes Júnior citou casos de patrocínio como Vasco e Eletrobras, Flamengo e Petrobras, além de Grêmio, Inter e Banrisul. Depois falou: “No ano passado, a Copel teve mais de R$ 1 bilhão de lucro. Deveria ser usado um pouco disso no esporte.”

Porém, de acordo com o relator do projeto, Artagão Júnior, a questão do “naming rights” vai precisar de novas articulações para ser colocada em prática. Tal fato ocorre mesmo que haja aprovação completa na Assembleia Legislativa.

“O importante é analisar que falamos de um projeto de autorização. Não estamos falando que algo irá (obrigatoriamente) acontecer”, ressalta Artagão. Mesmo que o projeto enfoque a exposição da marca da empresa na Copa do Mundo, autor e relator dão um novo ponto de vista para a questão. “A Copel tem que entender que o investimento publicitário se justifica”, completa Artagão, abrindo diálogo para novos clubes de futebol e outras modalidades esportivas.

Urgente

O governador Orlando Pessuti pediu urgência na votação de alguns projetos “importantes” para o Estado do Paraná. Um deles seria relativo a aprovação do uso do Fundo de Desenvolvimento do Estado (FDE) para financiar as obras de adequação da Arena da Baixada ao caderno de encargos da Fifa.

De acordo com o deputado estadual Luiz Cláudio Romanelli, a Comissão de Constituição e Justiça recebeu diversas mensagens de apelo para movimentação do projeto. “Se tudo der certo, a questão do FDE vai ao plenário em 15 dias”, arrisca.