Participar das Olimpíadas Pequim é um sonho distante para Guga

Gustavo Kuerten está vendo Pequim mais distante do que nunca. Suas chances de participar da Olimpíada, depois de terem sido anunciados dois convites, ainda não são nulas, mas remotas. Estão para ser definidos outros seis convites (wild cards), mas Guga não quer entrar nessa briga, pois sua indicação significaria tomar o lugar de outro brasileiro, em melhores condições de brigar por boa campanha.

"A Olimpíada é um desejo para mim, não um objetivo", disse Guga. "Gostaria de ir a Pequim, seria minha terceira participação nos Jogos, mas não quero tirar a chance de outro jogador brasileiro que esteja em boas condições físicas e com uma preparação melhor".

A atual situação de Guga, sem ranking, mas ainda uma estrela internacional, se encaixaria no critério para os dois wild cards anunciados nesta terça-feira (8). Os escolhidos foram jogadores desconhecidos, mas de países que jamais disputaram um torneio olímpico, como Rafael Arevalo (475º do ranking), de El Salvador, e Komlavi Loglo (474º), do Togo.

No feminino, o convite foi para a juvenil Stephanie Vogt, de 17 anos, de Liechtenstein, país que também jamais esteve no tênis olímpico. A surpresa ficou para a sul-africana Cara Black, do Zimbábue (país que já jogou Olimpíada), uma jogadora já experiente de enorme sucesso no juvenil, mas que não correspondeu no profissionalismo.

Os seis wild cards restantes devem obedecer como critério a distribuição geográfica. A idéia é abrir a participação na Olimpíada para todas as regiões do planeta. A América do Sul deverá ter representantes de Argentina, Colômbia e até Uruguai. O Brasil precisaria de um wild card, que, se seguisse o ranking, iria para Marcos Daniel, atual número 1 do País. A chave do torneio de Pequim contará com 64 tenistas – 56 são selecionados pelo ranking (máximo de quatro por país) e outros 8 convites.

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