Parreira prefere base mais experiente

Quando assumiu a Seleção Brasileira em 2002, Carlos Alberto Parreira prometeu manter a base que conquistou o penta na Ásia. O técnico cumpriu à risca o compromisso e leva à Alemanha o time mais experiente em Copas do Mundo em 44 anos.

Dos 23 convocados para o Mundial deste ano, 11 estavam na relação de Luiz Felipe Scolari para a Copa de 2002.

A marca só foi superada em 1962, quando Aimoré Moreira aproveitou 14 jogadores do time campeão em 1958. Coincidência ou não, foi a última vez que um país ganhou dois Mundiais consecutivos.

A renovação seria ainda menor não fossem as contusões. O pentacampeão Marcos também estaria na Alemanha se não tivesse se lesionado na atual temporada – neste caso, o ex-2002 Rogério Ceni e o novato Júlio César disputariam a terceira vaga no gol. E o volante Emerson, relacionado por Parreira e titular absoluto do time de Felipão, foi cortado às vésperas da Copa da Coréia e Japão. Bem como o meia Zé Roberto, Emerson, porém, ostenta no currículo uma Copa do Mundo, a de 1998.

Dessa forma, o Brasil buscará o hexa com uma seleção envelhecida. Os três ?vovôs? da equipe de Parreira são veteranos de 2002 – Cafu (35 anos), Roberto Carlos (33) e Dida (32). A seleção de 2006 tem média de idade de 28,4 anos – a mais alta desde, novamente, 1962 (29,6 anos).

A fórmula de manter o grupo do Mundial anterior é prática antiga de Parreira.

Na Copa de 1994, o treinador chamou 10 atletas que haviam fracassado na Itália-90 sob o comando de Sebastião Lazaroni. O time maduro recuperou nos Estados Unidos o troféu que o País não trazia havia 24 anos.

A renovação radical, porém, também já surtiu efeito. Em 2002, o Brasil ganhou a Copa com apenas cinco atletas que vestiram a amarelinha quatro anos antes. Já na campanha do Tri, em 1970, havia só seis remanescentes da Copa da Inglaterra.

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