Bergisch Gladbach – Parreira começa a preparar a seleção brasileira hoje, em Leverkusen, para sua verdadeira primeira batalha na Copa do Mundo da Alemanha. Até agora o time teve o direito de errar. De agora em diante, erro pode significar aeroporto. O técnico terá até segunda-feira para tomar decisões sobre que time colocar em campo e, também, ajustar a sintonia dos nervos de sua equipe, que ficou visivelmente revigorada após a goleada de quinta-feira sobre os japoneses, em Dortmund.
O técnico brasileiro repete o discurso de que não tem pressa para tomar as decisões – ou a decisão. ?O jogo é só na terça-feira. Todos sabem o que têm de fazer. Anunciarei o time apenas na véspera. Agora, é buscar concentração total e jogar tudo. Não tem saída, é mata-mata, o período mais angustiante de uma Copa do Mundo.?
A decisão que Parreira tem de tomar, aparentemente, é apenas uma – mas é substantiva. Robinho ou Adriano ao lado de Ronaldo? Eis a questão. Apesar das boas atuações, Cicinho, Gilberto e Juninho Pernambucano, o reserva de luxo, voltam para o banco.
?Robinho é mais leve, movimenta-se muito. Adriano é mais forte, é uma referência na área, é artilheiro. Os dois são ótimos; tanto que Robinho entrou nos três jogos e Adriano em dois, até agora. Vamos pensar e fazer o que é melhor para a seleção?, disse Parreira logo depois dos os 4 a 1 sobre o Japão.
Rendimento
Fica evidente que a seleção rende muito mais com Robinho em campo. Além do seu futebol criativo e insinuante, com o garoto em campo Ronaldo Fenômeno se sente mais à vontade, não tem de ficar se desviando de Adriano, jogador pesado e com características semelhantes às suas. Tanto que a melhor exibição de Ronaldo, contra o Japão, foi exatamente com Robinho a seu lado.
Parreira insiste que a decisão ainda não está tomada. As demais, sim. Voltam Cafu, Roberto Carlos e Emerson, apesar de neste último caso Gilberto Silva correr por fora, já que ficaram muito evidentes nos dois primeiros problemas de recuperação de Emerson, um volante duro, mas demasiado pesado.