O Atlético Clube Paranavaí já está quase pronto para repetir a dose na próxima temporada. E disposto a ser novamente a zebra para buscar o bicampeonato estadual. A fórmula é praticamente a mesma adotada neste ano, quando montou um time de ?desconhecidos? e foi aos poucos passando por Atlético e Coritiba, para chegar à final, desbancar também o Paraná Clube e levar o título inédito para o noroeste do Estado. A mesma operação está sendo feita para 2008. Nenhum dos campeões deste ano ficou no clube, e um novo time está sendo montado, tendo como técnico Dirceu de Mattos.
?Não fazemos loucuras aqui. Somos modestos, mas temos nossas metas. A primeira é ficar entre os oito primeiros no Estadual. Depois, procurar passar também na 1.ª fase da Copa do Brasil?, diz Lourival Furquin, diretor de futebol do Paranavaí. A estréia do Vermelhinho no Estadual acontece dia 9 de janeiro, em casa, contra o Engenheiro Beltrão. Já na Copa do Brasil, o Paranavaí sai para jogar contra o Águia Negra, do Mato Grosso do Sul, em Rio Brilhante. O jogo acontecerá dia 13 de fevereiro.
Furquin é um dos principais ?mentores? da boa campanha que o clube realizou no Paranaense deste ano. Na avaliação do dirigente ?empresário com DVD não se cria com ele?. ?Não contrato jogador por DVD. Agora há pouco atendi um empresário que queria negociar um jogador. Agradeci a ele, mas dispensei?, disse o diretor, que prefere utilizar as indicações de amigos e olheiros, para depois conferir ?in loco? os possíveis reforços e revelações para o Vermelhinho. Foi assim no último campeonato, quando o time dirigido por Amauri Knevitz, teve como destaques os desconhecidos Tiago, meia-atacante contratado depois pelo Atlético-PR, e os atacante, Edenilson, hoje no Sertãozinho-SP, e Agnaldo, no Cene-MS.
Jogo-treino
O Vermelhinho faz amanhã o terceiro jogo-treino como preparação para o Estadual. O adversário será a Portuguesa, de Cambé. Nos dois primeiros o time do técnico Dirceu Mattos perdeu de 1 a 0 para o Toledo e empatou com o Adap Galo.
Folha enxutíssima
Sobre a estrutura para manter salários em dia, e motivação para novas conquistas, Furquin novamente mostra o tom da realidade do futebol paranaense. ?Como te falei, não cometemos loucuras. Vamos depender do apoio da torcida e dos empresários locais para a manutenção do time e do grupo?, disse o diretor de futebol, que no momento trabalha com uma folha salarial em torno de R$ 54 mil. ?Esse valor é para todo o clube, jogadores, comissão técnica e funcionários?, completa Furquin.