Paranaense é o melhor do mundo no Pride Grand Prix

O campeão do Pride Grand Prix 2005, o curitibano Maurício Shogun, chegou quinta-feira a Curitiba e foi recepcionado por um grupo de fãs, pela família, amigos e repórteres no Aeroporto Afonso Pena. Muitos cartazes para receber o novo rei do ringue, considerado o sucessor do companheiro de equipe, Wanderlei Silva. Maurício Shogun, de apenas 23 anos, desembarcou vestindo uma camiseta com o número 1 em japonês e com o cinturão dourado nos ombros.

Shogun foi campeão, no último domingo, no Japão, ao derrotar o carioca Ricardo Arona na decisão do Pride Grand Prix, categoria até 93 kg. Além de garantir o principal título da carreira, Shogun vingou seu ídolo, companheiro de Chute Boxe e campeão geral dos médios, Wanderlei Silva, eliminado por Arona na semifinal. "Foi difícil, estava triste por causa da derrota do Wand, mas me concentrei e lutei com tranqüilidade e confiança", diz Shogun.

O mais novo campeão do Pride, principal evento de artes marciais do mundo e que chega a reunir cerca de 70 mil pessoas no Japão, Maurício Shogun conta que agora é só alegria. Ele pretende tirar sete dias de folga e aproveitar para comer tudo que tem vontade. "Quando cheguei, minha mãe preparou picanha, arroz e batata frita. Outro dia acordei no meio da madrugada e devorei um misto quente, após dias de dieta antes da luta."

Além de Arona, ele venceu o americano Quinton Jackson, o brasileiro Rogério Minotauro e o holandês Allstair Overeen, que foi para o hospital e nem participou da cerimônia de premiação no Pride. Sobre o futuro, Shogun diz que agora a responsabilidade aumentou e que o principal objetivo é treinar cada vez mais. Caçula do Pride, o curitibano prolongou sua estada no Oriente para atender ao assédio do público e da imprensa. "Eu sabia da importância do torneio, mas agora pude experimentar toda a repercussão. Com certeza foi o dia mais feliz da minha vida, mas agora tenho um título a defender", afirmou. Para um dos mestres do atleta, o professor da Chute Boxe Rafael Cordeiro, Maurício entrou para nocautear Ricardo Arona e lutou com garra, além disso contou também com o calor da rivalidade. "O Shogun é a maior revelação do mundo e fez por merecer o título. Agora temos um dupla que vale ouro."

Shogun apontou a concentração como um trunfo na final. "Enquanto o Arona saiu do ringue preocupado com a rivalidade após vencer o Wanderlei, eu me concentrei na luta." O atleta conta que Wand lhe deu muito apoio no vestiário antes da luta contra Arona e disse para eu ficar tranqüilo que iria vencê-lo. Maurício Shogun deve voltar a lutar na final do evento na temporada, dia 31 de dezembro.

Já Wanderlei Silva pode voltar ao ringue no próximo mês, ainda sem definição de data e adversário. Ele passa três semanas em férias na Europa, onde aproveita para fazer seminários sobre vale-tudo. A idéia é ajudar a liberar a realização de eventos no país.

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