Paranaense da segunda divisão começa bagunçado

A disputa da Segunda Divisão do Paranaense começou ontem, com muita confusão. O São José teve problemas com o registro de alguns atletas e teve que entrar em campo com dez jogadores para enfrentar o Francisco Beltrão, no interior.

Apesar do contratempo, o time da Região Metropolitana de Curitiba conseguiu jogar de igual para igual. A partida terminou com a vitória apertada do Beltrão por 1 a 0.

Nos outros confrontos de ontem, o Operário venceu o Maringá por 3 a 2 e o Roma bateu o AFA Foz, por 1 a 0. Mais dois jogos completam a rodada amanhã: Arapongas x Sport Campo Mourão e Portuguesa x Serrano.

O São José diz que foi prejudicado pela Federação Paranaense de Futebol (FPF) na inscrição de seus atletas. “Levamos toda a documentação de nossos jogadores na quinta-feira pela manhã. Às 14h, as carteirinhas já estavam prontas, faltando apenas a autentificação”, diz o diretor de futebol Cláudio Sgardi.

Segundo Sgardi, os diretores do São José voltaram à sede da FPF no final da tarde de quinta-feira e foram informados que não havia problemas com a documentação. “Ninguém nos avisou. Só soubemos que os jogadores não foram inscritos hoje (ontem) de manhã, quando acessamos o BID da CBF”, afirma.

Sem poder contar com seis atletas, que não tiveram seus registros confirmados, o São José teve que improvisar. Entrou em campo com apenas dez jogadores, sendo que apenas seis eram titulares. O goleiro reserva Maicon jogou como centroavante. “Se a FPF tivesse nos avisado, teríamos levado quatro ou cinco juniores para completar o time”, diz Sgardi.

Controvérsia

A FPF rebate a versão do São José. Segundo o superintendente Eliseu Siebert, os jogadores não foram inscritos por falta de documentação. “O clube demorou para apresentar a liberação de atletas que vieram de São Paulo. O grande problema foi a falta de documentos”, ressalta.

Siebert diz que outros clubes também tiveram problemas no registro de seus atletas. “O Operário tinha apenas 13 jogadores para o jogo contra o Maringá. Não dá para colocar no BID sem todos os documentos. Aqui não há mais o jeitinho brasileiro. Todos os atletas que estavam com documentação correta foram para o BID”, garante.

A FPF implantou este ano novas regras sobre a condição de jogo dos atletas. Só quem tem seu nome registrado no BID (Boletim Informativo Diário) da CBF tem sua carteirinha liberada e pode entrar em campo.

“É a primeira federação do Brasil a registrar seus jogadores diretamente na CBF. Não só no profissional, mas também nas categorias de base e no campeonato amador da capital”, conclui Siebert.