Será que vai?

Tricolor tem que vencer a Luverdense se quiser lutar pra subir

Os dois jogos que ficou sem vencer contra Botafogo, fora de casa, e Paysandu, na Vila Capanema, brecaram a reação do Paraná Clube na briga pelo G4 da Série B. Sem mais espaço para erros, o time paranista, para continuar brigando pelo acesso à primeira divisão ainda neste ano, terá que reagir e conquistar um grande resultado hoje, às 20h30, diante da Luverdense, em Lucas do Rio Verde.

Com nove pontos de diferença para o Vitória, o time paranista prefere não falar em acesso. O zagueiro Luciano Castán afirmou que o Tricolor, a exemplo do discurso do técnico Fernando Diniz, pensa jogo a jogo. “É uma coisa um pouco complicada de dizer. Estamos com o pensando de jogo a jogo. Primeiro vamos pensar na Luverdense, depois no Mogi Mirim e o G4 será consequência disso”, apontou o defensor do Tricolor.

Para o duelo contra a Luverdense, que tem apenas um ponto a menos que o Paraná na competição nacional, o técnico Fernando Diniz não poderá contar com dois jogadores que simbolizam essa nova fase do time paranista sob o comando do treinador. Armador de origem, mas destaque do Tricolor atuando na lateral-esquerda, Rafael Carioca terá que cumprir suspensão.

Quem também está fora do jogo por suspensão é Fernandes, que iniciou a disputa do Brasileirão como lateral-esquerdo e tem sido peça importante do Tricolor atuando como volante sob o comando do técnico Fernando Diniz. “São dois jogadores importantes e, em um campeonato longo como é a Série B, quem está fora está preparado e quem entrar vai dar conta do recado”, almeja Luciano Castán.

Para este compromisso, o técnico Fernando Diniz não relacionou nenhum lateral-esquerdo de ofício e terá que improvisar um jogador na posição para enfrentar a Luverdense. Assim, o jovem Gabriel Leite deve iniciar o jogo.
Já para a vaga de Fernandes, no setor de contenção, o treinador paranista deve escalar o volante Hélder, recém-chegado do rival Coritiba. O jogador, no entanto, não atua em uma partida oficial desde o início de agosto, quando o Coxa empatou em casa com o Goiás em 1×1. O meia Rafael Costa, que sente dores musculares e será reavaliado antes da partida, pode dar lugar ao também ex-coxa Rosinei.

Acesso cada vez mais complicado

As esperanças paranistas em conquistar o acesso em 2015 sofreram um baque após o empate com o Papão na Vila Capanema. Após voltar a acreditar, com as três vitórias seguidas e a redução da diferença para o G4 para 6 pontos, os dois tropeços seguidos praticamente sepultaram a crença paranista, colocando a equipe a 9 pontos do grupo dos quatro melhores da competição.

Chances matemáticas ainda existem mas, segundo a projeção do site Infobola, do matemático Tristão Garcia, antes do confronto com os paraenses o Tricolor pouca probabilidade, cerca de 5%, e agora as chances são simbólicas, de 1%. Apesar do discurso de jogadores e diretores, de que o clube ainda sonha com a promoção, a realidade parece encaminhar o Tricolor para mais um ano na ‘zona do agrião’ da competição, já que segundo o matemático as chances de queda também são mínimas, de 4%. Se no inicio do campeonato o presidente do clube, Luiz Carlos Casagrande, sonhava com o acesso antecipado, o técnico Fernando Diniz tratou de quebrar a ilusão presidencial e adotou o seu discurso jogo a jogo.

A julgar pela queda do público nos últimos jogos, que chegou a registrar quase 15 mil pessoas na 16ª rodada e agora voltou à média normal de quase 4 mil, a esperança da torcida foi freada junto com a ascensão do time na tabela. (Da reda&cce,dil;ão)