Gestão profissional, time competitivo, salários em dia e, sobretudo, sintonia entre elenco e torcida. É assim que o Paraná Clube caminha a passos largos para retornar à primeira divisão depois de dez anos seguidos disputando a Série B do Campeonato Brasileiro. Essa união do time paranista com as arquibancadas está cada vez mais evidente e está sendo cada vez mais importante para que o Tricolor construa seu caminho para retornar à primeira divisão de 2018.
O torcedor tem visto em campo um time guerreiro e capaz de conseguir o tão sonhado acesso. Talvez a conquista do retorno à elite nunca esteve tão perto do Paraná Clube. Por isso, do lado de fora, a torcida tricolor tem feito a sua parte. Seja lotando a Vila Capanema ou fazendo grandes festas nos retornos das viagens do clube no aeroporto Afonso Pena.
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Talvez o caso mais emblemático dessa união entre time e torcida foi no retorno do Paraná de Belo Horizonte, depois da eliminação da Primeira Liga para o Atlético-MG. Na capital mineira, além da vaga na final do torneio, o Tricolor perdeu o técnico Lisca, demitido depois de se desentender com o restante da comissão técnica, chegando, inclusive, as vias de fato com um deles.
No retorno do time para Curitiba, o torcedor do Paraná Clube lotou o Afonso Pena. Mesmo com grande parte da torcida não concordando com a saída do treinador, sobrou apoio e afeto para aqueles que ficaram. Depois disso, o Tricolor conseguiu, sob o comando do técnico Matheus Costa, mais três vitórias seguidas e, pela primeira vez, entrar no G4 da Série B do Campeonato Brasileiro.
O atacante Robson, que chegou ao Paraná no início do ano passado e teve uma rápida passagem pelo São Paulo ainda em 2016, enalteceu a importância do torcedor paranista nesta caminhada para conseguir o acesso à primeira divisão. Essa sintonia com o time tem tudo para levar o Tricolor de novo à elite do futebol nacional.
“No ano passado eles apoiaram também. Fizemos um belo c22omeço de ano, mas deixamos cair. É normal em um campeonato tão difícil e muito intenso. Esse ano a gente só tem a agradecer à torcida por acreditarem, por nos apoiarem até o fim. A gente tem que retribuir em campo. Tenho certeza que eles estão felizes e acreditando assim como todos aqui dentro do Paraná está confiante para que possa, no fim do ano, atingir nosso objetivo”, cravou Robson.
O torcedor tricolor, na verdade, está contando os dias para poder comemorar o retorno do Paraná à primeira divisão. O time paranista, no entanto, sabe que a tarefa, apesar de estar encaminhada, é muito difícil. Dentro do G4, o clube precisa sustentar sua posição, mas sabe que será ainda mais visado pelos adversários a partir de agora.
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“A gente queria entrar no G4, estava batendo na porta, mas sempre acabava escapando. Agora entramos e o foco aumenta, tem que ser maior, com obrigação de ganhar os jogos. Temos que estar sempre ligados, atentos, para que não saia tão cedo e, quem sabe, nem sair desse G4 até o final para conseguir esse acesso”, emendou o jogador.
O Paraná Clube tem mais 13 jogos para conseguir seu grande objetivo. Mais três finais para provar que 2017 ficará marcado para sempre como o ano do retorno. O ano em que, sobretudo, o torcedor resgatou o orgulho de ser paranista depois de anos sofrendo com administrações ruins e amadoras, e com times pouco competitivos na disputa da Série B.