Doce realidade

No G4 da Série B, Paraná Clube vive melhor temporada em dez anos

Renatinho e a torcida do Paraná, duas armas para a arrancada tricolor até o final da Série B. Foto: Jonathan Campos

A goleada aplicada sobre o Guarani por 4×0, anteontem, em Campinas, colocou o Paraná Clube definitivamente como um dos principais candidatos ao acesso à primeira divisão de 2018. Com sua posição consolidada dentro do G4 da Série B do Campeonato Brasileiro, só que agora ocupando a terceira colocação, o time paranista vive, sem dúvidas, seu melhor momento desde que começou a disputar a Segundona, na temporada de 2008.

De lá para cá, o Paraná Clube teve momentos de altos e baixos na disputa da Série B do Campeonato Brasileiro e chegou mais perto do acesso somente em apenas uma temporada dos dez anos em que está na segunda divisão. Aconteceu na Segundona de 2013, quando terminou a competição nacional somente a três pontos do quarto colocado e na oitava posição.

O Paraná Clube, naquele ano, foi comandado pelo técnico Dado Cavalcanti. O time paranista deu mostras que sairia da fila e que voltaria à elite do futebol nacional de 2014. Só que o Tricolor teve sérios problemas financeiros, conviveu com atrasos salariais durante todo o ano e a crise extracampo acabou influenciando diretamente o desempenho da equipe dentro das quatro linhas.

A realidade agora é bem diferente. O Paraná Clube, depois de tanto errar nas últimas temporadas, tem colecionado inúmeros acertos neste ano. Mesmo com pouco dinheiro, a diretoria paranista apostou na profissionalização do seu departamento de futebol com a chegada do executivo Rodrigo Pastana.

A gestão do futebol por um profissional remunerado, pelo menos até agora, vem dando resultado e, além de boas campanhas no Campeonato Paranaense, Primeira Liga e Copa do Brasil, o Tricolor caminha a passos largos para conseguir o acesso à primeira divisão do ano que vem.

Além dessa profissionalização do departamento de futebol, o Paraná também tem conseguido, com muito custo, manter as contas em dia. Não há atrasos salariais e os jogadores, em diversas entrevistas coletivas, não cansam de elogiar a diretoria paranista pelo esforço por conseguir manter os salários rigorosamente em dia.

OPINIÃO: Nunca o Paraná esteve tão perto de voltar pra Série A

Neste ano, porém, o Paraná Clube teve também momentos de altos e baixos. Perdeu o técnico Wagner Lopes, que fazia um bom trabalho, para o futebol japonês. Veio o técnico Cristian de Souza, desconhecido até então, que durou pouco mais de dois meses no cargo. O técnico Lisca foi seu substituto. Foi a aposta certeira feita pela diretoria.

O então treinador conseguiu dar novos ares ao clube, tirou o Tricolor da parte debaixo da tabela, colocou na briga pelo G4, mas acabou sendo demitido depois de se desentender e até agredir um dos membros da comissão técnica permanente do clube.

Quando muitos, inclusive a torcida paranista, duvidada de que a boa fase poderia ser mantida, a diretoria do Paraná apostou no técnico Matheus Costa. Com apenas 30 anos e auxiliar da comissão técnica permanente do clube, o interino tem dado contato do recado. Já são três vitórias em três jogos e, a goleada sobre o Guarani, em Campinas, provou que o Tricolor tem totais condições de sair da fila e voltar à primeira divisão de 2018.

Confira a classificação da Série B!

Mesmo com todo o cenário favorável para conseguir o acesso, o momento é de pés no chão segundo Matheus Costa. “Esse é o espírito de uma equipe que tem o objetivo que quer atingir. Ainda não conquistamos nada e hoje foi uma vitória muito importante. Temos que manter os pés no chão e o nível de concentração lá no alto. Agora vamos nos preparar para o jogo contra o Náutico para tentar conquistar os três pontos”, concluiu o comandante do Tricolor.