Perdas e danos

Saída do Paraná da Copa do Brasil não abalou apenas o caixa

Timbó lamenta a eliminação precoce do Tricolor. Foto: Rodrigo Sanches/Paraná Clube

A eliminação do Paraná Clube na Copa do Brasil trouxe um grande impacto financeiro e emocional ao clube. Isso porque a derrota nos pênaltis para o Londrina, na última terça-feira, no estádio do Café, significou um grande prejuízo. Ao se despedir da competição, o Tricolor deixou de receber R$1,45 mi em premiação. Além disso, perder um resultado quando se estava vencendo até os 47 do segundo tempo trouxe um ‘choque de realidade’ ao grupo, que vai precisar se superar para encarar o restante da temporada.

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O time terá pela frente o segundo turno do Campeonato Paranaense e a Série B do Campeonato Brasileiro. As verbas que deixam de entrar podem afetar, inclusive, a sequência do time, que claramente ainda está em formação para a Segundona.

Ainda que seja em circunstâncias diferentes, contra um adversário de maior tradição, o resultado desastroso lembrou outras eliminações que foram sentidas pelo torcedor paranista na Copa do Brasil. Em 1999, o time saiu da competição eliminado em plena Vila Olímpica pelo inexpressivo Camaçari-BA. Em 2013, foi a vez de se despedir da disputa sendo derrotado pelo São Bernardo-SP no Janguito Malucelli. Em 2015, a Jacuipense-BA foi a algoz do Paraná na Vila Capanema. Essas três eliminações foram ainda na primeira fase.

Passado

Mesmo que esses jogos, que ficaram marcados de forma negativa, tenham sido com times que sequer figuram em destaque no cenário nacional e que, por isso, poderiam ser consideradas derrotas mais graves, o revés de ontem entra para a lista de eliminações amargas. O Londrina está na Série B e vem sendo candidato ao acesso à primeira divisão nas três últimas edições da disputa. Este ano, o Tubarão também deve brigar para figurar no G4. Porém, o peso da verba tão necessária que deixa de entrar torna o resultado péssimo.

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Na Copa do Brasil, o Paraná recebeu R$ 525 mil pela participação e mais R$ 625 mil por ter avançado à segunda fase. Garantiu R$ 1,15 milhão, que poderia ter se multiplicado. Se tivesse garantido a classificação contra o Tubarão, a premiação total seria de R$ 2,6 milhões. Dinheiro esse que deve fazer muita falta. Em 2017, por exemplo, foi chegando até às oitavas de final da competição que o Tricolor ganhou um dinheiro suficiente para dar ‘um respiro’ nas contas e que contribuiu para a construção do acesso. Sem novidades sobre a venda do volante Jhonny Lucas e sem grandes perspectivas de receitas para entrar no clube, a qualidade da participação na Série B está ameaçada.

Lamentos

O técnico Dado Cavalcanti garantiu que todo o grupo estava ciente da importância da vitória e o quanto a desclassificação poderia prejudicar o clube em diversos aspectos. “Era o nosso planejamento a passagem de fase, sabemos que teremos um prejuízo financeiro. Perdemos muita coisa”, explicou.

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Também decepcionado, o zagueiro Fernando Timbó destacou como o time poderia ter matado o jogo e que esses erros custaram muito ao Paraná Clube, já que os próprios atletas sabiam da importância do dinheiro. O defensor também lembrou dos outros fatores negativos da precoce eliminação.

“A gente tinha muita coisa em jogo. Nós tínhamos a classificação e um prêmio bom para o clube, a gente sabe que precisa. Teríamos mais visibilidade se continuássemos na competição. Ficamos tristes por isso, uma eliminação difícil, ainda mais do jeito que foi. Tivemos duas vezes o jogo na mão, no tempo normal e nos pênaltis”, concluiu.

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