Trabalho árduo

Pra manter baixo número de lesões, Paraná Clube vai estender pré-temporada em 2018

Preparador físico do Tricolor, Rodrigo Rezende faz uma programação específica para cada atleta, para conhecer o rendimento de cada um. Foto: Giuliano Gomes

Primeiro time a estrear no Campeonato Paranaense, o Paraná Clube terá apenas duas semanas de preparação até fazer o primeiro jogo no Estadual, diante do União, no dia 17 de janeiro, em Francisco Beltrão. No entanto, a pré-temporada do Tricolor será um pouco mais extensa e vai durar até o final de janeiro, depois que o time paranista já tiver feito três jogos pelo torneio. Esse período a mais que a comissão técnica terá com o elenco será importante para a manutenção do bom rendimento físico para a sequência da temporada.

O sucesso do Paraná Clube em campo nesta temporada passou muito pela competência do departamento físico do clube, comandado pelo preparador Rodrigo Rezende. O profissional foi o único da comissão técnica mantido para o ano que vem e trabalhará novamente ao lado do técnico Wagner Lopes e do seu auxiliar Sandro Rosa.

“Por mais que o campeonato já esteja rolando, esses três jogos estão inseridos dentro da pré-temporada. Nossa preparação está programada para acontecer do dia 2 até 28 de janeiro, que pegará os jogos contra União, Atlético e Londrina. Englobará um período de confinamento e é um ótimo período de preparação. Serão 26 dias para dar uma base boa não só para o Paranaense, mas para todo o ano”, explicou Rezende, em entrevista exclusiva à Tribuna.

Muito mais do que o bom condicionamento físico apresentado durante este ano, que era visível durante as partidas, os números comprovam o bom trabalho de Rodrigo Rezende. O Tricolor bateu o recorde de jogos em 2017 em um mesmo ano, 64, e teve apenas 23 lesões musculares que, segundo ele, foi o menor índice entre os times que disputaram as séries A e B do Brasileirão. O trabalho realizado de forma integrada junto com o restante da comissão técnica é, para ele, o diferencial do clube.

“No dia 2 iniciamos a preparação integrada para a temporada. Temos mais uma vez uma temporada recheada, com Paranaense, Copa do Brasil e Série A. Sabemos da nossa responsabilidade, mas temos algumas vantagens. Uma delas é que o treinador, o Wagner, conhece o clube, é um técnico que já se adaptou e eu me adaptei à forma dele trabalhar. A relação do meu trabalho com o Wagner é espetacular e essa sintonia entre a preparação física e o treinador é o diferencial. A nossa preparação não é só física e já contará desde os primeiros dias com a presença da bola e com os movimentos do futebol”, contou.

Testes específicos

Além desse trabalho diferenciado, nos primeiros dias da pré-temporada serão realizados alguns testes com o elenco para que se trace um perfil de cada jogador e que o trabalho físico seja individualizado, de acordo com a necessidade de cada um.

“Vai detectar qual é o perfil fisiológico do atleta, principalmente os novos contratados, a composição corporal que se encontra. O nosso diferencial para essa temporada será o investimento que o Paraná Clube fez em equipamentos de ponta. O atleta será monitorado a todo momento. Não foi possível em 2017, onde a gente contou com a nossa experiência, mas no ano que vem haverá uma cientificidade muito maior, que trará um sucesso coletivo ao clube”, acrescentou Rezende.

Diante disso, com o perfil de cada atleta delineado, a preparação física do Paraná trabalha de forma individualizada e, a partir deste ano, implantou um trabalho diferenciado para a prevenção de lesões. Até mesmo por isso, o time paranista conseguiu se destacar neste quesito e teve poucas lesões musculares durante a temporada de 2017.

“A gente criou esse programa durante a temporada onde o atleta, obrigatoriamente, 45 minutos antes do treinamento faz um reforço muscular para evitar lesões. Foi um diferencial do nosso trabalho. Tivemos um pequeno índice de lesões musculares. O objetivo é a prevenção de lesões para que os atletas estejam disponíveis para escalação a todo momento. Tem time bem fisicamente, mas com muitas lesões. Tem time mal fisicamente, mas que tem poucas lesões. O nosso objetivo é ter um time bem fisicamente, com um alto nível físico, mas com baixo número de lesões”, concluiu o preparador.