Segundona

Paraná Clube fica no 0x0 na estreia na Série B e do técnico Cristian de Souza

Guilherme Biteco e Cristovam lutam com Eltinho pela bola. O jogo foi muito assim, mais brigado que jogado. Foto: Frankie Marcone/Estadão Conteúdo

Um começo sem gols e sem muitas emoções. Foi assim que o Paraná Clube iniciou sua décima participação consecutiva no Campeonato Brasileiro da Série B. Numa partida morna, o Tricolor empatou em 0x0 com o ABC, neste sábado (13), no Frasqueirão, em Natal, jogo que também marcou a estreia do técnico Cristian de Souza. Atuando na casa adversária, o time correu poucos riscos, mas também mal ameaçou a meta potiguar.

Confira como foi o jogo no nosso Lance a Lance!

Com apenas uma semana para trabalhar, Cristian de Souza preferiu fazer o mais simples – e, de longe, o mais certo. Montou o time com a estrutura montada em todo o ano por Wagner Lopes. Sem Diego Tavares, optou por Cristovam na lateral-direita. Sem Aírton, escalou Rayan como o novo parceiro de Eduardo Brock na zaga. E ainda sem Igor, escalou Júnior na lateral-esquerda. De resto, o time que vinha atuando, com o acréscimo de um centroavante de ofício, Daniel Morais, que seria o alvo das jogadas de Renatinho, Guilherme Biteco e Robson.

Mas isso não aconteceu no primeiro tempo. Na verdade, nada aconteceu no primeiro tempo. “A gente não teve muita paciência. Ficamos com a bola mas nos precipitamos no passe”, resumiu Renatinho. Nem Paraná nem ABC mostraram muita qualidade. Era muita marcação, muitos erros de passe, muitas faltas, um jogo que chegou a dar sono. Os donos da casa tinham gente conhecida – Cleiton na zaga, Eltinho na lateral -, mas não passavam de um time muito aplicado e, claro, bem orientado por Geninho.

Veja a tabela da Série B do Campeonato Brasileiro!

Já o Tricolor, como disse Renatinho, não criou. Daniel Morais se obrigou a voltar para buscar o jogo, pois a bola não chegava. Robson e Guilherme Biteco não produziram. É verdade que o risco na defesa foi zero, porque Gabriel Dias, Rayan e Eduardo Brock tiveram grande atuação. Léo teve que defender um cruzamento e só nos primeiros 46 minutos.

Num “tratamento de choque”, Cristian de Souza tirou Zezinho e Robson e colocou Johny e Murilo. Com Johny, o treinador daria mais liberdade a Gabriel Dias. Com Murilo (em seu primeiro jogo na temporada), adiantaria Renatinho e ganharia uma opção de arremate de média distância. Mas com apenas um minuto da etapa final o jogo foi interrompido por falta de ambulância no estádio – um torcedor caiu da arquibancada, bateu a cabeça e foi levado às pressas ao hospital.

Só que não havia outra na região, e a partida ficou parada por quase vinte minutos. E quando a bola voltou a rolar enfim o Tricolor chegou com perigo na falta cobrada por Biteco, que Edson teve que se virar para defender. Pouco depois, foi a vez de Léo salvar, quando a zaga bobeou em um escanteio e Echeverría desviou. O jogo tinha melhorado.

Mas logo voltou à mesma toada do primeiro tempo. O Paraná tinha dificuldades na criação – Murilo mais compunha o meio do que saía para jogar, e Renatinho era perseguido por pelo menos dois marcadores. A sensação que se tinha era que, se o Tricolor acertasse pelo menos uma sequência de passes, chegaria na cara de Edson. Mas tava difícil disso acontecer.

E em um passe errado de Guilherme Biteco, o ABC criou sua melhor chance. Gegê recebeu livre e arriscou, e Léo fez uma ótima defesa. Após esse lance, Cristian de Souza decidiu promover a estreia de Minho, justamente no lugar do camisa 11. O ex-jogador do Rio Branco deu uma agitada no jogo, mas nada que fosse suficiente para mudar o cenário da partida. No todo, pensando no campeonato, o empate não é nada ruim. Mas para a próxima terça-feira (17), contra o Goiás, na Vila Capanema, o Paraná terá que render mais.