Salvo pelo gongo

Paraná Clube consegue impedir leilão de sede

A grave crise financeira pela qual atravessa o Paraná fez o clube correr um sério risco de perder a Vila Olímpica do Boqueirão. Por conta de uma ação trabalhista de um ex-funcionário, a sede chegou a ir a leilão, que aconteceria no próximo dia 6 de março. Porém, o clube correu atrás e conseguiu evitar que mais uma de suas sedes fosse leiloada, assim como aconteceu com a do Tarumã, em 2013.

Para não perder o estádio e o parque aquático, o Tricolor entrou em um acordo com o ex-funcionário, que no curto período em que trabalhou no Paraná – apenas três meses -, nunca recebeu os salários. O pagamento da indenização trabalhista deveria ter acontecido no dia 31 de agosto do ano passado. Como não aconteceu, o juiz determinou que o Boqueirão fosse a leilão pelo valor inicial de R$ 16 milhões.

No entanto, o departamento jurídico paranista entrou em um acordo com o ex-funcionário e quitou a dívida. O leilão só não foi cancelado ainda porque falta a homologação do acerto entre as duas partes, o que deve acontecer nos próximos dias. “Entramos em um acordo e o estádio não será leiloado. Na verdade, ele ainda está marcado porque falta o juiz homologar o acordo. Por conta do Carnaval, deve demorar mais um pouco, mas possivelmente no final dessa semana ou no começo da próxima isso será confirmado”, explicou a advogada do Paraná, Tatiana Schmidt Manzochi.

Tarumã

O temor de que o destino da Vila Olímpica do Boqueirão fosse o mesmo do Tarumã fez com que o Paraná, de alguma forma, quitasse a dívida, mesmo com todos os problemas financeiros que estão afligindo o clube. Em abril de 2013, o terreno, dado como penhora por conta de uma execução fiscal de R$ 1,080 milhão, foi leiloado por R$ 30 milhões. Na época, este valor seria usado para pagar algumas dívidas e obter a certidão negativa zerada, ou seja sem débitos, para que o clube pudesse contar com o patrocínio da Caixa Econômica Federal.

Desse valor, mais de R$ 27 milhões foram usados para quitar algumas pendências, como com o INSS, imposto de renda, dívidas trabalhistas e com a empresa Systema, devido à negociação do meia Thiago Neves, em 2006 e que o Tricolor ainda não conseguiu zerar. O pouco dinheiro que restou, também foi embora rapidamente, não impedindo que o clube se afundasse ainda mais em dívidas.