Temporada complicada

Lesões, recorde, reserva e idolatria: Marcos foi destaque no Tricolor

Muito mais do que ser um dos grandes ídolos do clube, o goleiro Marcos tem a sua trajetória no futebol entrelaçada com a história do Paraná. Prestes a completar 40 anos de idade, o experiente arqueiro vai buscar, em 2016, quando encerrará sua carreira, devolver o Tricolor à Série A. Natural de Siqueira Campos, o arqueiro viveu em 2015 uma temporada de altos e baixos, conviveu com algumas lesões, completou 300 jogos com a camisa do clube que lhe revelou e terminou a temporada como titular.

Apesar do seu amor declarado pelo time paranista, Marcos, desde que acertou seu retorno ao Paraná, em 2013, não conquistou nenhum título. Os problemas financeiros dos dois últimos anos por pouco não fizeram o goleiro deixar o clube e partir para novos rumos. Mas o coração falou mais alto e, no ano passado, o ídolo renovou seu contrato por mais dois anos.

Na temporada de 2015, o tão sonhado acesso pretendido pelo goleiro passou longe da Vila Capanema. O lado financeiro, no entanto, foi um pouco mais ameno e, tanto Marcos, quanto os outros jogadores, tiveram um pouco mais de tranquilidade para trabalhar durante a disputa da Série B.

Vaga ameaçada

O goleiro, no entanto, apesar da sua experiência, viveu uma situação inusitada. Quando o técnico Fernando Diniz, seu ex-companheiro de clube no final da década de 90, assumiu o comando do Tricolor, exigiu que os goleiros paranistas trabalhassem mais a saída de bola com os pés. Na ocasião, Marcos admitiu que sentiu um certo receio, mas conseguiu se adaptar bem ao estilo ‘tiki-taka’ que o treinador tentou implantar.

Por conta deste estilo, Fernando Diniz recomendou a contratação do goleiro Felipe Alves, que havia trabalhado com o treinador no Audax-SP e tinha a saída de bola com os pés a sua principal arma. A titularidade de Marcos, então, foi colocada em xeque, mas Diniz respeitou a história do ídolo paranista no clube e só colocou Felipe Alves na equipe quando o goleiro se machucou.

Sempre seguro na meta paranista, Marcos teve uma tarde de gala na Vila Capanema. No dia 1º de agosto, o goleiro completou 300 jogos com a camisa do Paraná Clube e contou com diversas homenagens feitas pela diretoria na partida contra o CRB. O empate sem gols e sem graça diante do time alagoano não tirou o brilho do dia marcante para o goleiro, que foi ovacionado por um público de quase 15 mil paranistas que lotou o estádio Durival Britto.

Perto do fim

As dores e as seguidas lesões avisam que está chegando a hora de Marcos pendurar as luvas. Um possível acesso do Tricolor no ano que vem poderia fazer o goleiro adiar a sua aposentadoria em mais uma temporada. De concreto mesmo, é a vontade do ídolo paranista em deixar os gramados com o Paraná Clube novamente na elite do futebol brasileiro.