É do Paraná Clube!

Justiça anula leilão e Vila Olímpica volta ao Tricolor

A Vila Olímpica do Boqueirão voltou a pertencer ao Paraná Clube. Ontem, o juiz Mauro César Soares Pacheco, da 19ª Vara do Tribunal Regional do Trabalho (TRT) de Curitiba, oficializou a anulação do leilão do Estádio Érton Coelho de Queiroz.

Segundo o departamento jurídico do clube, o juiz acatou o pedido de desistência da empresa Seagull Incorporações e Participações, que havia arrematado o imóvel por R$ 11,65 milhões no dia 11 de junho deste ano – quase metade do valor do primeiro lance, R$ 23,2 milhões.

O estádio foi a leilão para pagar uma dívida de R$ 1,6 milhão, na época do arremate, com nove ex-funcionários, entre eles o ex-treinador Ricardo Pinto, que comandou o Tricolor em 2011 e tinha a receber o maior valor: R$ 450 mil. Pinto ainda pode recorrer da decisão.

Tanto o clube, como o ex-técnico, têm prazo de oito dias a partir da publicação da decisão, que deve ocorrer nos próximos dias para recorrer.

Sem riscos

Segundo o vice-presidente jurídico do Paraná, Luiz Ricardo Berleze, no momento o clube ainda não corre o risco de ter outros imóveis leiloados para quitar o débito com o ex-treinador. Nada impede, porém, que isto aconteça no futuro. Berleze optou por não revelar qual será a estratégia daqui em diante. “Ainda vamos estudar o caso e o despacho do juiz”, resume Berleze.

O arremate da Vila Olímpica foi seguido de diversas tentativas de anulação. Cinco dias após o arremate, o departamento jurídico tricolor entrou com um recurso para tentar embargar o leilão. O principal argumento para a ilegalidade do arremate, segundo o Paraná, seria a cláusula de inalienabilidade do imóvel, ou seja, um registro na matrícula do imóvel que alega que o mesmo não pode ser vendido.

Justiça

Em seguida, no dia 7 de julho, foi a vez da prefeitura de Curitiba conseguir um mandado de segurança que suspendeu a venda da Vila Olímpica. Assim como fez o clube, o município se amparou na lei municipal 8.563, de 1994, que atesta que a área é inalienável e que, portanto, não pode ser vendida.

Em agosto, entretanto, o TRT de Curitiba julgou improcedente o mandado de segurança impetrado pela prefeitura, aumentando assim o risco do clube perder o imóvel. Por fim, no dia 23 de setembro foi a vez da própria empresa Seagull protocolar petição requerendo a desistência da compra e a devolução dos valores depositados até o momento no processo.

Focado

Autor do gol de empate contra o Vitória, Thiaguinho não escondeu sua insatisfação por não ter sido escolhido para iniciar a partida  em Salvador. “Estou no banco, não estou satisfeito, mas preciso estar ligado que na hora em que entrar, preciso ajudar a equipe e não foi diferente. Estava esperto e tive a sorte de acertar um bom chute”, frisou.

Paraná Online no Facebook