Agora vai?

Em uma noite repleta de emoções, Paraná Clube encerra jejum

Após o apito final, um misto de alegria, dor, alívio e cansaço. Paraná Clube se entregou ao máximo pra conseguir a vitória. Foto: Jonathan Campos

Enfim, veio a primeira vitória do Paraná Clube no Campeonato Brasileiro. Ontem, na fria e chuvosa noite de segunda-feira (4) na Vila Capanema, o Tricolor lavou a alma, bateu o Fluminense por 2×1, e respira um pouco mais aliviado na competição. Ainda mais quando parecia que mais uma vez a realidade seria outra.

Desde o começo do jogo, o Paraná Clube vivia com a maré de azar, daquelas que parece que nunca vão sair. Antes mesmo de a bola rolar, perdeu o zagueiro Cléber Reis, lesionado. Com poucos minutos, foi a vez de o atacante Carlos se machucar. Era um Tricolor remendado em campo – foram quatro mudanças -, mas aguerrido. Foi para cima do Fluminense, ditou o ritmo, ao contrário do que vinha fazendo. Acuou o adversário. Muito por conta dos substitutos.

Lá na frente, Thiago Santos acertou a trave ainda no primeiro tempo. Na sequência da jogada, Jesiel pegou um belo voleio na área, mas parou nas mãos de Júlio César. A bola teimava em não entrar. Lá atrás, um time tranquilo, seguro, anulando os contra-ataques dos cariocas e não tendo trabalho como há tempos não se via. Parecia que as alterações, a maioria delas por necessidade e não por opção, tinha dado uma nova cara para a equipe. Uma cara que parecia que ninguém lá sabia que tinha.

Aí veio o segundo tempo e com ele um pênalti cometido por Gum sobre Léo Itaperuna. E quem foi para a bola? Thiago Santos, que converteu a cobrança e fez o Paraná Clube sair na frente em um jogo pela primeira vez no torneio. E graças a um herói improvável. O atacante sequer vinha sendo relacionado, mas ganhou uma nova oportunidade e não desperdiçou.

Guilherme Biteco entrou faltando poucos minutos, mas teve tempo de marcar o primeiro dele nesse retorno de lesão e completar a festa. Foto: Jonathan Campos
Guilherme Biteco entrou faltando poucos minutos, mas teve tempo de marcar o primeiro dele nesse retorno de lesão e completar a festa. Foto: Jonathan Campos

Mas tinha tempo para mais emoções. E quantas emoções. Não que o Flu apertasse. Pelo contrário. o Tricolor seguia firme em campo, criando oportunidades, mas parecia que o placar ficaria naquele 1×0 chorado mesmo. O que a essa altura já valia como uma goleada para os poucos mais de quatro mil presentes na Vila Capanema.

Até que, aos 38 minutos, Rogério Micale colocou Guilherme Biteco em campo. Tempo suficiente para o xodó paranista, que ficou onze meses parado por lesão e vem voltando aos poucos, também deixasse sua marca. Tudo bem que a bola não passou toda a linha e o gol, de fato, não aconteceu, mas a arbitragem confirmou e fez explodir o estádio, que, naquele momento tinha a certeza da primeira vitória.

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Só que ainda precisaria roer algumas unhas. Aos 47, Pablo Dyego recebeu cruzamento de Renato Chaves e de primeira mandou para as redes, descontando para o Fluminense. Aí sim o time carioca foi pra cima e tentou o empate de todo o jeito. Os acréscimos nunca demoraram tanto pra passar. Até que veio o apito final e, junto dele, a primeira vitória paranista nesse Brasileirão.