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Diretoria do Paraná não contorna problemas com a torcida

Na posse de Leonardo Oliveira como presidente, Fúria esteve presente. Torcida tem bom acesso no clube. Foto: Arquivo

A atual diretoria do Paraná Clube está tendo, desde que assumiu o comando do clube, ainda no ano passado, sua primeira crise com a torcida organizada Fúria Independente. A invasão de membros da facção no jogo-treino realizado no último sábado, diante do São Joseense, na Vila Capanema, escancarou a fragilidade da cúpula paranista em contornar os problemas que vem enfrentando.

Apesar de constatar a invasão de pelo menos 50 integrantes da organizada, a diretoria, ao invés de tomar alguma providência para impedir a paralisação do jogo-treino, resolveu atender ao pedido da facção, que gostaria de conversar com os jogadores para pedir mais empenho, dedicação e melhores resultados no returno da Série B do Campeonato Brasileiro.

“Era um treinamento normal, não havia reforço de segurança. Não esperávamos que isso acontecesse. Chegaram com um volume grande de torcedores, acessaram a Vila Capanema pelo portão, que tinha um porteiro e ele não tinha como impedir a entrada de 50 ou 100 pessoas. A entrada aconteceu sem grandes transtornos, eles entraram, conversaram e saíram”, explicou Oliveira, em entrevista à Rádio Transamérica.

“O treino era fechado. A organizada veio até o treinamento e solicitou a permissão para conversar com os atletas. A conversa foi direta com os atletas. Eles conversaram e foram embora. Não ficaram acompanhando. O jogo-treino foi paralisado, os atletas se reuniram, foi conversado e a torcida se retirou”, emendou ele.

Apesar do poder que a Fúria Independente ainda exerce no clube, o presidente paranista mostrou seu descontentamento pela interrupção do jogo-treino realizado no último sábado, na Vila Capanema. Oliveira pontuou ainda que a cobrança não será benéfica, mas foi pacífica, sem incidentes.

“A torcida interrompeu um trabalho e, então, nunca é benéfico. Estamos nos preparando para o jogo contra o Brasil de Pelotas e eles interromperam um treino. Infelizmente, foi a forma que a torcida entendeu como devia fazer e não podemos manipular esse tipo de atitude. A torcida é independente e a cobrança foi, até certo pont,o pacífica. Considero que essa cobrança é mais pelo tempo que o clube se encontra na Série B e a condição que outras administrações deixaram o clube, do que algo pontual com esse elenco”, declarou.

Apesar ex-membros da diretoria da Fúria fazerem parte da atual cúpula do Tricolor, Leonardo Oliveira frisou que a relação entre o clube e a facção não foi estremecida, e que há uma relação de muito respeito entre as duas instituições. O mandatário descartou que haja, atualmente, uma proximidade entre o Paraná e a organizada.

“É uma relação de respeito, onde a torcida organizada é uma instituição e o Paraná é outra. A torcida existe pelo Paraná Clube e há o mesmo respeito que há com outros grupos de torcedores. Nós todos estamos no Paraná pelo Paraná. A diretoria também é torcedora do clube. A relação que temos é de respeito e isso não muda. Cobranças aconteceram, infelizmente, considero que foi em um momento ruim, mas a torcida é independente e achou por bem fazer isso. Não existe proximidade ou falta de proximidade (entre clube e torcida). É uma relação de respeito”, concluiu o presidente.

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