Bom, bonito e barato

Com pouco dinheiro, Paraná Clube mais uma vez aposta em mercado alternativo

Dos seis reforços encaminhados pelo Tricolor, meia Itaqui é o mais conhecido pelo torcedor, por já ter passado pelo clube, em 2011. Foto: Arquivo

Daqui seis dias, o Paraná Clube inicia a sua pré-temporada, visando os desafios de 2019. Até aqui, o Tricolor não confirmou nenhum reforço oficialmente, mas, assim como foram nos últimos anos, está de olho em um mercado bem alternativo.

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Tanto que dos seis nomes que estão praticamente encaminhados, o mais conhecido é o meia Itaqui, que vem do Brasil de Pelotas. E não por ter tido apresentações de destaque no passado, mas por já ter vestido a camisa paranista, em 2011. Além dele, o lateral-direito Eder Sciola, também ex-Brasil, os zagueiros Fernando Timbó, que foi revelado pelo Coritiba e estava no Paysandu, e Eduardo Bauermann, que pertence ao Internacional e estava emprestado ao Figueirense, o meia Kadu, ex-Joinville, e o atacante Jenison, que vem do Cuiabá, devem se apresentar no CT Ninho da Gralha no dia 2.

Opções que se encaixam no orçamento que o Paraná Clube terá para a nova temporada, quando tentará voltar à elite do futebol nacional. Sem dinheiro para trazer atletas de peso ou que ao menos se destacaram em 2018, o Tricolor corre para um outro lado. Para se ter uma ideia, destes seis reforços, o que teve melhor ‘campanha’ na última temporada foi o Cuiabá, que subiu para Série B ao ficar com o vice-campeonato na Série C, perdendo a decisão para o Operário.

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Dos outros clubes que estão vindo os atletas, o Brasil ficou em 11º na Segundona, o Figueirense em 15º, o Paysandu foi rebaixado para a Série C e o Joinville caiu para a Série D. Muito pouco, mas que acabam barateando as opções do mercado.

E esse garimpo não é novidade no Paraná Clube, que ano após ano segue neste ‘desconhecido’, na tentativa de acertar em alguma aposta, que traga resultado dentro de campo. Se pegarmos apenas as últimas duas temporadas, o retorno foi bem diferente.

Se em 2017, ano do acesso, o Tricolor conseguiu alguns ‘achados’, como o zagueiro Eduardo Brock, os laterais Júnior e Igor, os volantes Gabriel Dias e Alex Santana e o meia Renatinho, em 2018 os erros foram muito maiores. Só para citar alguns exemplos estão os atacantes Léo Itaperuna e Deivid, os zagueiros Charles e René e o meia Matheus Pereira. Isto para ficar só naqueles que não vingaram.

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A política do bom, bonito e barato já é antiga no time paranista. E se no início do século foi o que rendeu ao clube, poucas vezes deu certo desde a queda para a Série B em 2008. Porém, é uma tendência que se repetirá em 2019, principalmente até abril, quando o foco é apenas o Campeonato Paranaense.

Certamente, outros desconhecidos chegarão nos próximos dias, contrariando a expectativa da torcida, mas diante da realidade, o Estadual terá que ser um laboratório para a Segundona.

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