Balanço

2016 serve como aprendizado para a diretoria do Paraná

Leonardo Oliveira, entre erros e acertos, mudou comissão técnica, mas diminuiu número de contratações. Foto: Albari Rosa

Ano novo, nova diretoria e velhos problemas. A atual temporada, sobretudo pelo que se desenhou nos primeiros cinco meses de 2016, tinha tudo para ser o ano da redenção do Paraná Clube e da volta à elite do futebol brasileiro. Mas tudo isso ficou apenas na expectativa do sofrido torcedor. Na prática, depois de uma boa campanha no Campeonato Paranaense, apesar do baixo investimento, o Tricolor, na Série B, repetiu erros de outros anos e deve, em 2017, disputar a sua décima edição seguida da competição.

Na disputa nacional, o primeiro equívoco da atual diretoria paranista, liderada pelo presidente Leonardo Oliveira, foi a demissão do técnico Claudinei Oliveira. Apesar dos poucos recursos técnicos que tinha em mãos na disputa do Campeonato Paranaense, o treinador manteve seu time sempre jogando de forma organizada e por muito pouco não desbancou o Atlético e não chegou na decisão do certame.

Mas bastaram alguns tropeços no início da Série B para que Claudinei fosse demitido. Não tanto pelos resultados, mas sim pela divergência de opinião com o então diretor de futebol paranista, Durval Lara Ribeiro, o Vavá. Quando mandou embora o treinador e escolheu Marcelo Martelotte para comandar o Tricolor na continuidade da temporada, Leonardo Oliveira afirmou que o clube estava fazendo uma correção de rota para tentar, ainda neste ano, conseguir o acesso para a elite do futebol nacional.

Sem investir tanto no Estadual para concentrar todas as suas forças para a Série B, a diretoria paranista buscou reforçar o elenco. Crítico de diretorias passadas, Oliveira, na semana passada, depois da derrota para o Vila Nova, dentro de casa, declarou que não aguentava mais ver uma rotatividade tão grande de jogadores contratados pelo clube e por isso decidiu se candidatar, ao lado de outros aliados do grupo denominado “Paranistas do Bem”, à presidência do Tricolor.

“Eu saí de casa um ano e meio atrás porque não aguentava mais ver 80 jogadores passarem no Paraná por ano. Não vou fazer o mesmo que foi feito no passado. Não vamos mandar jogador embora a torto e a direito, prejudicar o clube com situações que só vão agravar o problema do clube sem pensar no amanhã”, afirmou.

De fato, em 2016, o número de contratações diminuiu e ‘apenas’ 25 jogadores foram contratados, somente cinco a menos do que no ano passado, quando o “Paranistas do Bem” assumiu, em março, mas que tinha Luiz Carlos Casagrande, o Casinha, como presidente.

O número de contratações ainda é alto e, destes reforços, alguns não vingaram. Nomes como dos atacantes Marcelinho e Robert já deixaram o Tricolor. A movimentação pode ser explicada também pela saída de alguns nomes importantes e que eram titulares quando fram embora. Casos dos volantes Basso e Jean e do atacante Robson.

Mas a diretoria, neste primeiro ano, e diante das dificuldades financeiras enfrentadas, traz consigo alguns méritos. Com os pés no chão e, mesmo sabendo da necessidade de conseguir o acesso para potencializar as receitas, o Paraná não fez loucuras neste ano e buscou reforçar seu time de acordo com suas condições.

Mas o grande trunfo foi manter os salários do seu departamento de futebol em dia. Sempre amparado pelo empresário Carlos Werner, o Paraná está conseguindo ter as contas em dia e, assim, evita problemas futuros com atletas que possam deixar o clube. Por isso, o ano de 2016 tem sido de virtudes e erros, mas, sobretudo de muito aprendizado.

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