Paraná perde 44% na participação dos árbitros na elite nacional

A reunião da Comissão de Arbitragem da Federação Paranaense de Futebol teve dois reflexos imediatos.

O primeiro foi o afastamento temporário (pelo menos por esta rodada) de Sueli Terezinha Tortura, não aprovada nos testes da Confederação Brasileira de Futebol (CBF). O outro foi a indicação dos 25 nomes que farão parte do quadro nacional, aptos portanto a trabalhar em partidas das Séries A, B e C respectivamente primeira, segunda e terceira divisões do Campeonato Brasileiro, além da Copa do Brasil. O Paraná perdeu 11 vagas na redução geral promovida pela Conaf.

Sueli Tortura permanece no quadro da Fifa – ela é uma das primeiras árbitras do país com o ?distintivo? -, assim como Héber Roberto Lopes e o assistente Roberto Braatz.

Mas Sueli não passou no teste físico pedido pela Conaf, e assim foi retirada da escala deste final de semana. Ela fora sorteada para comandar Roma x Adap, às 16 horas, no Bom Jesus da Lapa, em Apucarana, mas não vai trabalhar, sendo substituída por Evandro Rogério Roman, que era o outro árbitro no sorteio da partida.

Além dos quatro citados acima – Sueli, Héber, Braatz e Roman -, o Paraná tem mais 21 nomes indicados à Conaf (ver quadro). São ao total 11 árbitros e 14 assistentes. Até o ano passado eram 36, mas a entidade nacional decidiu reduzir o quadro de 648 para 460. A queda de 35% do número de árbitros da CBF se refletiu nos estados, mas no Paraná, a diminuição chegou a 44%.

Estes árbitros e assistentes podem ser considerados, agora, a ?nata? da arbitragem do Paraná. Esta impressão ganha força quando se observa a escala da rodada deste final de semana.

Dos oito jogos, seis serão comandados por indicados à CBF – Nilo Neves de Souza, José Ricardo Stolle, Sandro Schmidt, Maurício Batista dos Santos, Edivaldo Elias da Silva e Evandro Roman. Outros três participaram do sorteio -Héber Lopes, Ito Rannov e Sueli Tortura, vetada por problemas físicos. Antônio Denival e Cleivaldo Bernardo não estavam no sorteio.

Triches e Heber renunciam. Quem vai comandar a Apaf?

O processo eleitoral da Associação Profissional de Árbitros do Paraná (Apaf) foi aberto oficialmente ontem. Com a renúncia dos atuais presidente e vice, Henrique França Triches e Héber Roberto Lopes, a associação tem que eleger com urgência uma nova mesa diretora. Por isso foi convocada uma assembléia geral extraordinária para a escolha de uma comissão eleitoral e definir o dia da eleição. A reunião acontece segunda-feira, às 19h30, num dos salões do Estádio Pinheirão.

Triches renunciou no início do ano, alegando problemas pessoais. Héber então assumiu, mas em entrevista à Tribuna já afirmara que não pretendia permanecer no comando da entidade de classe. Ele dissera pretender ao menos comandar o processo eleitoral, mas nem isso acabou acontecendo. Assim, o secretário Emerson José Tozo acabou incumbido de convocar a assembléia geral.

A Apaf acabou envolvida ano passado com o caso ?Bruxo?, que afetou seriamente a credibilidade do futebol e da arbitragem do Estado. No meio das denúncias, o ex-árbitro Amoreti Carlos da Cruz acusou a associação de ser subserviente ao presidente da Federação Paranaense de Futebol, Onaireves Moura. No final das contas, a entidade virou alvo de uma disputa política, que deve ser reavivada a partir de segunda.

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