Paraná pede R$ 100 mil por jogo pela Vila Capanema

A definição, agora, está nas mãos do Atlético. Uma corrida contra o relógio, pois hoje expira o prazo para a indicação do local do jogo do Rubro-Negro frente ao Londrina, na largada do Paranaense. O Paraná Clube encaminhou ontem à tarde uma contraproposta ao rival, estabelecendo novos valores para a cessão do estádio Durival Britto. A oferta inicial do presidente Mário Celso Petraglia não sensibilizou os dirigentes tricolores, que teriam pedido um valor aproximado de R$ 100 mil por jogo pela liberação de seu estádio.

Antes apontada como um mero “plano B”, a Vila Capanema transformou-se na saída emergencial para o Atlético, resultado da tentativa frustrada de utilização do Couto Pereira. O “tiro no escuro” do Furacão e da Federação Paranaense de Futebol criou um impasse, dando margem a uma série de especulações. Inclusive uma suposta tentativa de se inverter o mando dos jogos com o Londrina (no primeiro e no segundo turnos). A possibilidade foi prontamente rechaçada pelo presidente da FPF, Hélio Cury.

Os dirigentes paranistas mantiveram uma postura de sigilo em relação ao assunto, sequer abrindo detalhes da oferta feita por Petraglia. “Só posso dizer que a nossa contraproposta é estritamente comercial. Envolve tão somente um valor financeiro, sem a inclusão de atletas”, resumiu o presidente Rubens Bohlen. Sobre esse valor, o dirigente disse apenas que é uma quantia justa, que atende às necessidades do Paraná e que cabe no orçamento do Atlético.

Independentemente de resposta positiva ou negativa, o Tricolor está tomando todas as providências para a liberação dos laudos da Vigilância Sanitária e da Polícia Militar. Esses documentos são imprescindíveis para que o Durival Britto esteja apto a ser utilizado neste fim de semana, na largada do Paranaense. Já na sexta-feira, a Vila Capanema receberá uma rodada dupla do Sul-Americano Sub-20 Feminino de Seleções, com o Brasil encarando a seleção paraguaia no jogo principal.

O que não se altera é a capacidade do estádio. Enquanto o clube não instalar mais sete câmeras nos acessos sociais, Curva Norte, Reta do Relógio, visitantes e estacionamento, o Durival Britto só poderá receber um público de dez mil torcedores. Um número insuficente para o quadro associativo do Atlético, que está na casa dos dezoito mil. “A contraproposta foi elaborada com a participação de todo o nosso comitê administrativo. Então, não vejo possibilidades de qualquer variação”, disse Bohlen, não dando margem para barganhas.