Paraná já está na caça por novos jogadores pra 2006

Prevendo as dificuldades que terá para segurar o artilheiro Borges, o Paraná Clube já iniciou um amplo trabalho de ?garimpagem?, mais uma vez, com especial atenção ao interior paulista. Nomes começam a surgir, mas a diretoria sai pela tangente e nada comenta sobre o assunto. ?Vamos trazer atletas com gana, com vontade de vencer na profissão. Esse é o nosso perfil?, antecipa o diretor de futebol Durval Lara Ribeiro.

?Ao contrário de anos anteriores, já temos uma base pré-definida?, lembra Vavá. ?Temos dezoito jogadores com contrato até ano que vem. Isso nos dá uma tranqüilidade neste período de transição?, emenda o presidente José Carlos de Miranda. Entre esses jogadores, está Borges. Goleador do time no Brasileiro (19 gols), ele deve seguir para o exterior. No Brasil, a única proposta concreta pelo atacante partiu do Santos, mas foi prontamente rechaçada pelo empresário Luiz Alberto.

Um atacante que já foi sondado pelo Paraná está prestes a ser rebaixado. Rafael Moura, do Paysandu, está em conversações com o Tricolor. ?Há jogadores de qualidade na Série B, assim como podemos encontrar bons valores em times que não estão fazendo boa campanha?, disse Vavá, sem confirmar o interesse por Rafael Moura. Como também precisará repor peças no setor de criação, o clube está de olho em Rafinha, do Santo André. Outro nome que reaparece nas listas do clube é Paty, que no início do ano se destacou no Atlético de Ibirama-SC.

?O mais importante é que o Paraná deixou de ser um time de aluguel. Superamos as dificuldades de anos anteriores e hoje chegamos para ficar. E para conquistar?, avisou Ribeiro. A meta inicial é a conquista do título paranaense – o que não ocorre desde 1997 – e a conseqüente volta à Copa do Brasil.

Cinco anos da Copa João Havelange

O Paraná Clube comemora hoje cinco anos de conquista do seu segundo título nacional. Em 2000, com um time altamente competitivo e a direção firme do técnico Geninho, o Tricolor dava a volta olímpica em pleno Palestra Itália, com o troféu do módulo amarelo (uma segunda divisão) da Copa João Havelange. Numa jornada memorável, derrotou (3×1) o também emergente São Caetano. Curiosamente, foi seu último grande triunfo jogando no Estádio Durival Britto, que a partir do ano que vem volta a ser ?a casa? do clube.

Paraná e São Caetano eram, naquele momento, as melhores equipes não apenas da ?segundona?. Como o torneio previa acesso imediato, o Paraná avançou à fase final da Copa JH e só foi eliminado pelo Vasco (e por uma arbitragem tendenciosa de Carlos Eugênio Simon) nas quartas-de-final.

O time de Eurico Miranda disputaria – e conquistaria – o título sobre o São Caetano.

O segredo estava, assim como ocorre hoje, no entrosamento entre juventude e experiência. Na temporada 2000, o trio de zagueiros era formado por Hilton, Nem e Ageu. O time base de Geninho (hoje técnico do Goiás) era formado por Marcos; Hilton, Nem e Ageu; Gil Baiano, Hélcio, Fernando Miguel, Lúcio Flávio e Ronaldo Alfredo; Reinaldo e Flávio Guilherme (Márcio Nobre).

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