Atletas selecionados com o olho clínico do técnico Paulo Comelli para suprir as inúmeras carências de um elenco quase que completamente desfeito. Esta foi a estratégia do Paraná Clube para cumprir a promessa da diretoria e contar com um time guerreiro em 2009. Ninguém esconde que o prato principal será a Série B. Mas a competição nacional só começa em maio e até lá a missão de Paulo Comelli é tornar esse novo time competitivo na prática.
E o campo de testes será o Campeonato Paranaense. A bola rola, oficialmente, no próximo dia 24. Serão apenas três semanas para a preparação dessa nova equipe. “O tempo é curto. Então, o jeito é arregaçar as mangas e ir à luta”, disse o técnico Paulo Comelli. O tempo curto citado pelo treinador se deve muito mais ao fato de o Tricolor contar com um grupo drasticamente reformulado.
Afinal, 21 dias de preparação aproxima-se muito do tempo ideal de uma pré-temporada. Sabendo que terá pela frente equipes com maior poder de investimento – como Coritiba e Atlético – e times que iniciaram preparação há meses, Paulo Comelli quer compensar isso com o profundo conhecimento que possui desse grupo, por ele formado.
“Procurei escolher atletas que se encaixam naquele perfil tático que considero ideal. Isso vai facilitar o trabalho”, disse o treinador, já dando pistas de um esboço para o setor de meio-de-campo. Como no ano passado, vai
mesmo adotar o 4-4-2 como estratégia principal.
“Buscamos dois meias muito criativos e seria incoerência usar outra formação”, analisou Comelli. Assim, Gedeon e Lenílson vão ser os responsáveis pela articulação dessa equipe. Situação comemorada por Lenílson, o principal nome do novo Paraná. “Aceitei o convite ao ouvir a proposta do Comelli. Vivi meu melhor momento com ele no comando do Noroeste e espero reviver isso aqui no Paraná”, disse o jogador. “Nos últimos anos, vinha jogando mais à frente. Aqui, com o Paulo, sei que vou atuar na minha, na armação e chegando para finalizar”, explicou Lenílson.
Este novo meio-de-campo contaria ainda com o experiente Hernani na cabeça-de-área, com a possibilidade de Kleber ser o segundo volante. “E ainda teria as opções do Agenor e do Edimar”, lembrou Comelli. “Estamos bem servidos neste setor.” Sobre a presença também de algumas “promessas” neste elenco – como Éverton, Peterson e Wellington Silva (contratados) e Araújo, Douglas e Marquinhos (promovidos da base) – Comelli disse ter sido a solução para compensar um orçamento mais enxuto. “Conseguimos, assim, atingir a quantidade ideal de jogadores, mesclando juventude e experiência dentro da condição financeira que nos é permitida”, arrematou
o treinador paranista.