Paraná empata em 1×1 com o Atlético-MG|

O técnico Adílson Batista continua no comando do Paraná Clube. Pelo menos por enquanto. O empate em 1 a 1 com o Atlético Mineiro, ontem à noite, no Pinheirão, não era o esperado. Mas o bom desempenho da equipe, especialmente na primeira etapa da partida, fez a diretoria tricolor dar mais um crédito ao treinador. Se não venceu, pelo menos o Paraná quebrou a série de jogos sem conquistar pontos. Foram três consecutivos.

No entanto, os poucos torcedores que compareceram ao estádio tomaram um grande susto logo aos seis minutos. Após um vacilo do setor defensivo direito, Alex Alves avançou e deixou Fábio Júnior livre para marcar, da entrada da área. Flávio ainda tentou fechar o ângulo, mas não evitou o revés.

Em vez de abater os tricolores, o gol adversário serviu de estímulo. Mais atuante no setor ofensivo, não demorou para os donos da casa empatarem a partida. E com uma mãozinha do goleiro Eduardo. Aos 15 minutos, após cobrança de escanteio de Fernandinho, o arqueiro mineiro deixou a bola passar e Pierre, o melhor do jogo, fez de cabeça. Na comemoração, um reflexo da instabilidade entre Adilson Batista e seus comandados ficou nítido. Todos os jogadores se abraçaram a Pierre, o único a cumprimentar, mesmo que timidamente, o treinador.

melhor em campo, o Paraná armava as melhores jogadas, mas caia em um erro que acompanhou o time no estadual deste ano: os erros de finalizações. Apesar das boas armações de Pierre, o trio Fernandinho, Caio e Renaldo abusaram na perda de gols. O mais lamentado pela torcida foi aos 45 minutos, quando Renaldo fez um corta luz e deixou a bola redondo para Fernandinho, que na cara do gol chutou para fora. “Não dá para perder tanto gol. Temos que conferir”, alertou o goleiro Flávio, na saída para o intervalo.

Só que na segunda etapa as oportunidades tricolores ficaram mais escassas. O técnico Celso Roth conseguiu neutralizar as escapadas laterais do Paraná e passou a criar as melhores chances. Mas como aconteceu com o Tricolor, as chances eram infrutíferas. Muito também em função da brilhante noite de Flávio, que operou alguns milagres. O Galo chegou a marcar o segundo gol, mas o zagueiro Luiz Alberto estava impedido e o árbitro Carlos Eugênio Simon o anulou, garantindo o resultado de igualdade. O próximo compromisso do Tricolor é no próximo sábado, contra o Vasco, no Rio de Janeiro.

Campeonato Brasileiro

Turno – 15ª Rodada

Local:

Pinheirão

Árbitro:

Carlos Eugênio Simon (Fifa – RS)

Auxiliares:

José Carlos Oliveira (Fifa – RS) e José Otávio Dias Bittencourt (RS)

Gols:

Fábio Júnior aos 6 e Pierre aos 15 minutos do 1º tempo.

Cartões amarelos

: Ferrugem, Alex Alves, Ageu, André Luiz e Emerson.

Público total:

2.926

Público pagante:

1.785

Renda:

R$ 23.460,00

 

PARANÁ

1 X 1

ATLÉTICO-MG

PARANÁ

Flávio, Valentim, Cristiano Ávalos, Ageu, Rodrigo Silva (Emerson), Pierre, Goiano, Maurílio (Dennys), Fernandinho, Caio, Renaldo, Técnico: Adílson Batista

ATLÉTICO-MG

Eduardo, André Luiz, Scheidt, Luiz Alberto, Cicinho, Ferrugem (Levi), Marcelo Silva, Alexandre, Marquinhos, Alex Alves (Kim), Fábio Júnior, Técnico: Celso Roth

Deixem ele trabalhar, pede a diretoria tricolor

O superintendente do Paraná Clube, Ricardo Machado Lima, deu o recado após o jogo. “Estamos tranqüilos quanto à situação do Adílson. Deixem o pessoal trabalhar”. A declaração amenizou, pelo menos por ora, a situação de risco que Adílson Batista vem sofrendo nos últimos dias.

Após a estréia vitoriosa sobre o Flamengo, o treinador não venceu mais sequer um jogo. Nas últimas três rodadas, três derrotas. E um clima de mal-estar se instalou no ar, culminando com um voto de silêncio do treinador com a imprensa.

Mas ontem ele fez questão de falar. Primeiro avisou que não poderia falar da sua situação no comando. “Quem deve falar sobre isso é a diretoria. Vou continuar meu trabalho e já estamos pensando no Vasco”, disse. Em seguida, elogiou o desempenho de seus comandados na primeira etapa. “O time foi bem e criou boas oportunidades”.

O bom desempenho da equipe na etapa inicial, por sinal, aparentemente acalmou os ânimos tricolores. “Fizemos um bom primeiro tempo, apesar das chances desperdiçadas. Se não ganhamos, ao menos quebramos a série sem marcar pontos”, destacou o zagueiro Ageu. “Precisamos manter a tranquilidade. Maus resultados acontecem em um campeonato longo. O que vale é não baixar a cabeça”, disse o meia Fernandinho.

O próximo passo para amenizar a iminente crise – apesar dos últimos reveses o Tricolor está em 13º lugar, na zona intermediária – é vencer o vasco, o que não será tarefa fácil em São Januário. Para o compromisso, Marquinhos e Fabinho, que cumpriram suspensão neste rodada, estão aptos a entrar em campo.

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