Paraná Clube tem Vavá de volta para trabalhar

Os reforços do Paraná Clube não se limitam ao grupo de jogadores. Durval "Vavá" Lara Ribeiro está de volta à Vila Capanema, na condição de "braço direito" do vice de futebol José Domingos.

O diretor de futebol reassume seu posto e já começa a atuar ativamente na contratação de reforços. O acordo foi "amarrado" nos últimos dias, com a reaproximação entre Vavá e o presidente José Carlos de Miranda. O relacionamento entre eles ficara estremecido após a saída do dirigente, que discordava da forma como o departamento de futebol estava sendo gerido.

"Meu desentendimento foi com a parceria e não com o presidente", afirmou Durval Ribeiro. "Essa reaproximação é pelo bem do clube e acho que outros ex-dirigentes – hoje afastados – também poderiam colaborar. O importante é o Paraná mostrar a sua força", disse. Em momento algum Vavá citou nomes, mas seus desafetos são evidentes: o empresário Sérgio Malucelli e o técnico Paulo Campos.

"Acho até que exagerei nas críticas quando me afastei do clube, mas é que eu não aceitava a interferência de certas pessoas", confirmou. Apesar do fraco desempenho da equipe no estadual, o Paraná não irá se render a uma parceria fixa. "Não podemos ficar reféns de empresários. Necessitamos de bons relacionamentos, mas a autonomia para decidir sobre contratações deve sempre ser do clube".

Ribeiro, mesmo sem vínculo oficial com o Paraná, vinha atuando há quase quarenta dias no interior paulista. "Já vi vários jogos e uma lista foi apreciada e aprovada pela comissão técnica. Agora, é tentar viabilizar as questões financeiras", comentou.

O presidente, indagado sobre esta reaproximação, foi taxativo: "Não havia arestas a serem aparadas, pois o Vavá é como um filho para mim. Ele só ficou suspenso por 180 dias", brincou Miranda. "Acho que com a união de todos vamos fazer um bom campeonato". Vavá e José Domingos – auxiliado pelo outro diretor de futebol, responsável pela área administrativa, Zeomar Marchetti – correm contra o tempo. O brasileiro começa dentro de 22 dias e o volume de contratações pretendido é grande.

"A dificuldade é a mesma de anos anteriores", analisou Vavá. "O mais importante é ter tranqüilidade para contratar qualidade e não quantidade". Ribeiro sabe que o caminho para acertar com os reforços pretendidos não é fácil. "É preciso dar muitas voltas. Há procuradores, empresários e clubes envolvidos. Mas, já conhecemos alguns atalhos", finalizou.

Atlético oferece dez jogadores ao tricolor

Jogadores em disponibilidade no Atlético poderão reforçar o Paraná Clube. A transação entre os clubes está aberta e uma lista com dez atletas está sendo analisada pelo técnico Lori Paulo Sandri. O ponto de partida dessa aproximação é no mínimo curioso. Recentemente, o Tricolor perdeu, por decisão judicial, os direitos federativos do meia-atacante Kaio, do juvenil. Dias depois, o jogador acertou com o Atlético.

Kaio foi apenas um dos ex-tricolores que o Rubro-Negro utilizou na Dallas Cup. Também participaram do torneio Anderson Aquino e Schumacher, que haviam se desligado do Paraná. Tentando algum tipo de ressarcimento, o presidente José Carlos de Miranda conversou com João Augusto Fleury da Rocha, presidente do Atlético. ?Só disse a ele que o jogador chegou no Atlético sustentado por uma liberação judicial. Como a nossa comissão técnica aprovou sua contratação, o Kaio assinou contrato?, comentou o dirigente rubro-negro. ?Mas, pedi ao Maculan que resolvesse essa questão da melhor forma.?

Para evitar dissabores – na condição de clube formador, o Paraná poderia exigir uma compensação futura – o Atlético elaborou uma lista de jogadores que não serão aproveitados no Brasileiro e que poderiam reforçar o Tricolor. Sabe-se que nomes como André Rocha (lateral) e Morais (meia) foram relacionados. Lori Sandri ainda não oficializou seu parecer sobre a lista, mas deu a entender que nenhum dos jogadores interessaria, por se tratar de atletas muitos jovens, sendo que alguns sequer atuaram no Campeonato Paranaense.

O presidente Miranda não confirmou quais jogadores foram oferecidos, mas nem mesmo Morais interessaria. Apesar de ser um jogador de bom nível técnico, seu salário é considerado elevado para os padrões do Paraná. Especula-se que os outros jogadores disponibilizados pelo Atlético seriam Dinei, Marcus Vinícius, Edivaldo, André Luís, Tavares e Simão, além de Dennys, que foi revelado pelo próprio Paraná, mas abandonou o clube através de uma ação judicial. ?A palavra final será sempre do nosso técnico. Se ele entender que nenhum desses jogadores nos serve, buscaremos outra composição?, esclareceu José Carlos de Miranda.

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