Paraná Clube procura técnico para substituir Ricardinho

A diretoria do Paraná Clube viveu um fim de semana atípico. Há um ano o Tricolor não “corria” atrás de um treinador. Em setembro do ano passado, a aposta foi em Guilherme Macuglia. Ao que tudo indica, agora a bola da vez é Sérgio Guedes. O treinador, livre desde a demissão no São Caetano, no fim do mês passado, confirmou estar em “conversações” com o clube.

Os contatos foram feitos pelo gerente de futebol Alex Brasil, mas os dirigentes paranistas garantem que há outras duas opções e, ainda hoje, deverão anunciar oficialmente o substituto de Ricardinho. “Fomos pegos de surpresa com toda essa situação. Não tínhamos contato algum com treinadores, pois estávamos satisfeitos com o trabalho do Ricardinho”, disse Celso Bittencourt.

Assim que o anúncio da saída do treinador se confirmou, a diretoria convocou uma reunião, realizada na noite de sexta-feira. Uma série de nomes foram levantados, até a definição de uma lista com cinco treinadores. Dois acabaram sendo descartados no sábado e o clube, desde então, passou a trabalhar com três alternativas. “Há uma série de questões. A primeira delas, é claro, a financeira”, ressaltou Bittencourt.

O clube, apesar da saída de três profissionais – Ricardinho, o seu auxiliar Rodrigo Pozzi e o preparador físico George Castilhos -, tinha uma ideia de trazer, neste momento, apenas um treinador. “É algo que estamos analisando, e depende muito do perfil desse profissional que contrataremos”. No caso de Sérgio Guedes, ele já atua com uma comissão “fechada”, tendo ao seu lado o auxiliar Kleyton Lima e um preparador físico.

Se no ano passado Guilherme Macuglia foi uma espécie de “técnico tampão”, agora o pensamento é diferente. O Paraná pretende trazer um treinador já visando a temporada seguinte, dando sequência ao que vinha sendo executado por Ricardinho. Por isso, a definição do novo profissional também é mais trabalhosa. “Não podemos errar neste momento. Temos uma série de jogos decisivos pela frente e, além disso, precisamos moldar o elenco para a disputa do Paranaense”, disse Bittencourt. “Desta vez, com um calendário equilibrado, a base para 2013 sairá desse grupo que está disputando a Série B”, completou.

Era Ricardinho durou 8 meses

A era Ricardinho no Paraná Clube durou oito meses. De forma intempestiva, ao final do jogo de sexta-feira, o ídolo anunciou sua saída do comando técnico do clube, em caráter irrevogável. O motivo alegado foi um alegado distanciamento da diretoria, que não o atendeu na contratação de reforços capazes de alavancar a campanha da equipe na Série B. “Listei mais de vinte jogadores que poderiam nos ajudar, mas a diretoria não conseguiu resolver essa questão. Então, vejo que a minha saída, no momento, é o melhor para o Paraná Clube”, disse Ricardinho.

Entre esses “possíveis” reforços, estavam Willian Batoré, Élton e Fernando Baiano. “Nós tentamos, mas todos pediram valores muito acima daquilo que poderíamos pagar”, justificou o superintendente Celso Bittencourt. A diretoria disse ter sido surpreendida com a decisão de Ricardinho. Afinal, o treinador – na condição de ídolo e de ex-atleta de renome nacional – era, talvez, o grande alicerce do projeto futebol no Paraná Clube.