Paraná Clube não quer repetir os erros de 2008

Calejado pelos inúmeros erros cometidos ao longo desta temporada, o Paraná Clube já se organiza para 2009. Após a renovação com o técnico Paulo Comelli, a diretoria definiu também a estrutura do departamento de futebol, agora sob a coordenação de Márcio Villela.

Primeiro vice-geral do clube, ele assume a vice-presidência de futebol, um dos cargos de maior evidência no Tricolor. A escolha foi um consenso entre os integrantes do conselho diretor, na reunião realizada na noite de segunda-feira.

“Ele é um administrador nato, com capacidade profissional comprovada”, disse o presidente Aurival Correia, que vinha exercendo a função desde a saída de Durval Lara Ribeiro, há quase quatro meses. Márcio Villela, 42 anos, é formado em engenharia civil, com mestrado em administração esportiva pela FGV-RJ.

Num passado recente, esteve cotado para concorrer à presidência do clube, mas acabou vice da chapa comandada por Aurival Correia. Villela não confirmou, ainda, se irá indicar um diretor de futebol para auxiliá-lo na gestão do setor.

O novo vice só irá conceder coletiva amanhã, quando retornar de viagem. Villela só antecipou que pretende seguir o modelo adotado pelo clube neste returno da Série B.

“Formamos um novo grupo de forma mais participativa. Além disso, houve critério nas contratações, levando-se em conta o histórico recente dos atletas”, comentou o dirigente, antes mesmo de assumir a condição de “vice da bola”. Com um orçamento enxuto, o desafio de Villela será evitar os erros de avaliação cometidos ao longo de 2008.

Com três competições oficiais -Paranaense, Copa do Brasil e Série B do Brasileirão -, o Tricolor disputou 67 jogos, utilizando nada menos do que 72 jogadores. Além de “repatriar” atletas como Felipe Alves, Joelson e Leonardo, fez outras 36 contratações.

“Os números mostram que erramos demais. Isso não pode se repetir”, disse Aurival Correia. O Tricolor tentará montar uma “espinha dorsal” já para a disputa do Estadual, a partir do dia 25 de janeiro, mantendo uma reserva técnica.

O próprio Comelli, que já faz contatos à procura de reforços, confirmou o desejo de trabalhar com apenas 22 jogadores. “Teríamos ainda alguns atletas da base para completar o grupo com 26, 27”, explicou o treinador. “Depois, dependendo da necessidade, poderemos buscar outras peças para o Brasileiro”, arrematou o treinador paranista.

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