O clássico do próximo sábado pode garantir um fôlego substancial ao Paraná Clube no que diz respeito às suas finanças. Na prática, em 2010, somente três jogos, até aqui, proporcionaram receita bruta superior a R$ 100 mil.
A goleada sobre o Náutico e a natural rivalidade com o Coritiba são ingredientes suficientes, na visão dos dirigentes, para conseguir a melhor arrecadação e o maior público da temporada no Durival Britto.
Os jogos em que houve lucro substancial, neste ano, foram frente ao Atlético (no Paranaense), Vila Nova-GO e Náutico (estes, pela Série B). Curiosamente, o recorde de público ocorreu frente ao pouco expressivo time goiano, lanterna da Segundona.
No final de maio, no embalo de duas goleadas seguidas contra Santo André e Duque de Caxias mais de oito mil paranistas foram ao estádio, empolgados com o momento do time.
Agora, além da empolgação gerada pela convincente vitória sobre o Náutico (4×0), os tricolores têm a chance de ver seu time desbancar outro líder: o Coritiba.
“É jogo para casa cheia. Nosso torcedor virá em grande número”, acredita Leandro Bocão. O centroavante não esconde a motivação pelo fim do jejum de gols. “Nos reencontramos. Agora, é buscar a volta ao G-4”, emendou o goleador.
Os preços dos ingressos foram reajustados e o torcedor terá que desembolsar R$ 50, na Curva Norte e na Reta do Relógio. “É um jogo importante sob todos os aspectos. Por isso, entendemos que estamos cobrando um valor justo”, disse o vice de futebol Aramis Tissot.
O aumento pode representar, na prática, uma receita líquida capaz de ajudar no pagamento da folha salarial de julho. Com a renda frente ao Náutico, o clube quitou os débitos de junho com funcionários do departamento de futebol.
Subida
Questões econômicas à parte, o jogo tem peso significativo também na questão técnica. Nova vitória recolocaria o Paraná no G-4, dependendo de um deslize de Figueirense ou Portuguesa, que enfrentam Icasa e América-RN, respectivamente.
“Recuperamos a nossa força de conjunto. Agora, não podemos deixar o ritmo cair. O importante é a gente seguir próximo dos primeiros colocados, pois o campenato ainda é longo”, lembrou o zagueiro Diogo.
Na prática, o rendimento atual do Tricolor (57,57%) é suficiente pela média histórica da Série B para garantir o acesso. Para seguir neste ritmo, os jogadores têm a receita: “Estamos muito bem em casa. Mas, temos que levar essa mesma alegria, esta mesma aplicação, para os jogos fora de casa”, diz Diogo. O Paraná, no clássico, busca atingir a sua 17ª partida de invencibilidade na Vila Capanema.
