O elenco tricolor está oficialmente dissolvido. Ontem, chegaram ao fim os contratos de nada menos do que treze jogadores utilizados ao longo da Série B. Entre eles, cinco titulares: Zé Carlos, Fabinho, Adoniran, Luiz Henrique Camargo e Davi.
Até o fim do mês, outros oito jogadores se desligam do clube, que até o momento não conseguiu concretizar nenhuma renovação. A promessa da diretoria é que esses assuntos serão ajustados somente após a posse do novo Conselho Diretor, programada para amanhã.
A lista seria ainda mais extensa, porém os atacantes Alex Afonso e Bebeto já haviam deixado o Tricolor. O primeiro passou por cirurgia e, mesmo tendo seu contrato registrado no Paraná, tinha salários já sendo pagos pela Traffic.
O outro retornou ao Gama devido à cassação da liminar que o permitiu atuar pelo time paranaense em boa parte da Segundona. O presidente eleito Aquilino Romani garante que o trabalho está sendo feito para segurar a base que encerrou a temporada com dez rodadas de invencibilidade.
Dentre os jogadores que desde ontem estão sem vínculo com o Tricolor, ao menos o ala Fabinho e o volante João Paulo mantém conversações adiantadas para a renovação.
“Está tudo encaminhado. Falta a assinatura do novo contrato, apenas”, disse João Paulo, que ficou fora das últimas cinco rodadas por conta de uma fratura na mão esquerda (a contusão ocorreu em Natal, no empate com o ABC, há um mês).
Além desses dois jogadores, também o zagueiro Montoya, este com contrato até 31 de dezembro, deve definir sua permanência até o fim dessa semana. Entre os jogadores que têm contrato findando ao longo deste mês, Montoya não é o único titular.
Fazem parte deste grupo, por exemplo, os zagueiros Luís Henrique e Leandro, o meia Rafinha e o atacante Marcelo Toscano. Mesmo com o Paraná derrapando feio e ficando mais uma vez no segundo escalão do futebol brasileiro, vários jogadores obtiveram valorização e voltam olhares para o valorizado mercado paulista, sempre mais atrativo tendo por base o frágil Campeonato Paranaense e suas fórmulas malucas.
Sem dinheiro em caixa e sem a previsão da entrada de novos recursos – até aqui, o patrocínio via departamento de marketing continua sendo “promessa de campanha” -, o Tricolor terá que se desdobrar para não iniciar a temporada 2010 com um grupo modesto, onde as principais atrações seriam os pratas-da-casa Rodolfo, Bruninho, Elvis e Igor, utilizados com pouca (ou nenhuma) frequência ao longo das 38 rodadas da Série B.