Um petardo, de fora da área, a sete minutos do fim da partida. Foi o que bastou para Marcelo Toscano mudar a história do jogo e dar novo fôlego ao Paraná Clube.
O que para muitos poderia parecer “invenção” acabou sendo a solução para que o jejum de vitórias em casa fosse mandado para o espaço. Então visto apenas como um ala, o jogador mostrou que não perdeu o faro do gol. Toscano já vislumbra a real possibilidade de voltar às origens e, assim, buscar espaço entre os titulares do Tricolor para a reta final da Série B.
Atacante por formação, o jogador foi adaptado à ala-direita recentemente, pelo técnico Giba, no Paulista de Jundiaí. Foi pelo seu desempenho nesta função que chegou ao Paraná, para a disputa da Série B.
Fez bons jogos no início e o então comandante Zetti chegou a afirmar que naquele nível de rendimento ele em pouco tempo estaria na Série A. Não foi o que ocorreu.
Toscano apresentou deficiências na marcação, cometeu duas penalidades máximas típicas de quem ainda está “aprendendo” a lidar com o novo posicionamento.
Para piorar ainda mais para o seu lado, Murilo um dos mais regulares atletas do clube nos últimos anos recuperou-se de lesão. Marcelo Toscano precisou assimilar o “esquecimento”, sendo que nas constantes trocas de comando técnico, ficou uma série de jogos sem ser sequer relacionado para o banco de reservas. O destino fez com que a sua sorte começasse a mudar. Roberto Cavalo chegou e já o conhecia como atacante.
Uma solução caseira para a ineficácia dos “artilheiros” paranistas. Não por acaso o Tricolor tem o quarto pior ataque da Série B. Foram apenas 36 gols marcados ao longo de 29 rodadas, média de 1,24 gol/jogo. Ao longo de quase um terço dos confrontos, o Paraná saiu de campo sem balançar as redes.
Bebeto e Wando foram descartados. Alex Afonso está mais uma vez machucado e fora da competição. Wellington Silva e Adriano mostram a cada jogo que têm sérios problemas na finalização. Uma situação caótica que se transformou em quadro “perfeito” para Marcelo Toscano ressurgir.
“Estou pronto para ajudar. O Cavalo conversou muito comigo e, se ele precisar, posso jogar no ataque, sem problemas”, disse o jogador, empolgado com a nova fase.