Objetivo alcançado

Paraná Clube cumpre minimeta, mas quer voos mais altos

Valeu pelos três pontos. O técnico Roberto Fonseca e os jogadores reconheceram que o Paraná Clube não conseguiu uma grande atuação frente ao Salgueiro-PE, porém valorizaram sobremaneira a vitória por 1 x 0. O resultado de sexta-feira fez com que o Tricolor atingisse a sua “minimeta” para as quatro primeiras rodadas da Série B.

Com 7 pontos, e 58,3% de aproveitamento, o clube segue na cola do G4 e com um rendimento suficiente – desde que mantido – para sonhar com o acesso à primeira divisão do Campeonato Brasileiro. “Ainda há muito a melhorar. Mas vi pontos positivos e o mais importante é que fomos abençoados com a vitória”, disse Roberto Fonseca. O treinador comandara apenas dois trabalhos antes de sua estreia, que contou com três alterações e alguns ajustes táticos. “No geral, acredito que tivemos problemas durante uns vinte minutos, quando o adversário conseguiu nos envolver. Mas acho que o resultado foi merecido”, completou. O técnico destacou o fato de o Paraná ter enfrentado um time muito ajustado, que há tempo joga junto. “O Salgueiro pode não ter a mesma divulgação de outros clubes, mas vai incomodar muita gente. Contra o ABC, por exemplo, mereciam a vitória”, recordou Fonseca, que armou o Paraná em função daquilo que observara do adversário. O fato de os pernambucanos terem dificuldades em bolas aéreas, por exemplo, fez com que o técnico tricolor buscasse aumentar a estatura do seu time.

Por isso, escalou Amarildo na zaga, deslocando Luciano Castan para a lateral-esquerda. Pois foi do improvisado Castan o gol que garantiu a segunda vitória do Paraná nesta Série B. “Fui premiado por estar no local certo e feliz na conclusão”, disse o jogador. Na cobrança de escanteio de Welington, aos 20 minutos do 1.º tempo, houve desvio na primeira trave e Luciano Castan apareceu livre para, de cabeça, mandar no canto direito do goleiro Marcelo. “Mudamos um pouco a postura do time e, é claro, ainda não foi o ideal. Mas vejo potencial para subirmos muito de produção”, analisou Roberto Fonseca.

É o caso de Giancarlo. Pela primeira vez no ano o Paraná atuou efetivamente com um centroavante de referência. “Leva algum tempo, até para os companheiros entenderem a forma de jogar do Gian”, lembrou o treinador, em referência a uma série de jogadas em que o atacante fez “a parede” mas nenhum meio-campo apareceu para finalizar a jogada. “Ele faz muito bem o pivô. Vamos acertar essa questão, com a sequência dos treinos e jogos”, concluiu Roberto Fonseca. Só que tempo é algo que o Paraná não dispõe. O time volta a campo já na terça, frente ao Goiás, em Goiânia, e no próximo sábado encara o Náutico, em Recife.