Paraná Clube começa montar time pra Copa do Brasil

Faltam 41 dias para a estreia oficial do Paraná Clube na temporada 2012. Até lá, o técnico Ricardinho terá que se virar para colocar um time competitivo na Copa do Brasil. Sem a previsão de reforços de maior quilate técnico – pois todos os estaduais estão em andamento e o mercado é restrito -, o Tricolor irá recorrer à garotada da base para moldar um time capaz de fazer frente ao Luverdense, do Mato Grosso.

A estratégia é simples. Não fazer grandes investimentos neste momento. O plano da diretoria, que tenta driblar a falta de recursos, é garantir fôlego para as disputas da Segundona do Paranaense e da Série B do Brasileiro. A partir de maio, o Paraná irá se deparar com uma situação inédita e inusitada: disputar simultaneamente duas competições longas e sem a prerrogativa de poder priorizar uma delas. Voltar à Primeira Divisão estadual é obrigação; se desvencilhar da Série B nacional, é necessidade.

Cinco temporadas seguidas no segundo escalão do futebol brasileiro deixaram o Tricolor em uma tremenda “saia justa”. Fora da grande mídia e sem recursos da TV – a maior fonte de receita da maioria dos clubes que disputam o Brasileiro -, o clube quase sempre tem o seu nome relacionado a salários atrasados e ações trabalhistas. O desafio da gestão Rubens Bohlen é “estancar o sangramento” e curar as feridas, projetando novos tempos a partir do ano que vem.

A missão de Ricardinho será árdua e, sabedor das dificuldades, ele aposta na paixão como combustível para uma trajetória vitoriosa. “Não abandonei a carreira de jogador à toa. Acredito no projeto. Vai dar certo”, afirma Ricardinho, convicto de que não está se aventurando, mas sim iniciando uma nova etapa de sua vida. “Em tudo que fiz, até hoje, fui um vencedor. Confio no meu conhecimento e na união de todos – em especial do nosso torcedor – para superarmos todos os obstáculos que certamente aparecerão”.

O novo treinador já é a principal referência do clube neste início de temporada. Sua contratação recolocou o Paraná, mesmo que de forma pontual, na mídia nacional. Agora, ele inicia o verdadeiro trabalho “de campo”. Serão quase seis semanas para preparar um time “alternativo” para a Copa do Brasil. O torneio nacional será o pontapé inicial de um período onde Ricardinho colocará à prova não apenas sua competência e o seu conhecimento. Para alcançar os objetivos traçados, terá também que contar com a “estrela” que sempre o acompanhou ao longo dos 17 anos como atleta profissional.