O Paraná Clube pôs fim às especulações e definiu ontem o enxugamento de seu elenco. Após as treze contratações efetuadas na semana passada, o grupo ficou inchado e cortes seriam inevitáveis.
Além da volta do zagueiro Marcelo para os juniores, outros sete jogadores não fazem mais parte dos planos da comissão técnica para a disputa da Série B. Os dirigentes, porém, não falam em “dispensas” e trabalham para a inclusão desses jogadores em outros clubes do futebol brasileiro.
Estão fora dos planos do clube os goleiros Gabriel e Luís Carlos, o ala Thiago Araújo, o volante Goiano, o meia Éverton e os atacantes Peterson e Clênio.
“Vamos negociar cada caso, já que muitos têm contratos mais longos”, disse o gerente de futebol Beto Amorim. A exceção é o volante Goiano.
Aos 28 anos – treze deles dentro da Vila Capanema – o jogador tem seu contrato findando no final de julho.
Sempre visto como um “quebra-galhos”, Goiano viu seu espaço diminuir após a temporada passada, quando conviveu com lesões e pouco atuou.
Dentre os outros jogadores “em disponibilidade”, somente o atacante Peterson tem vínculo até o fim do ano.
Há jogadores com contratos ainda mais longos, como Gabriel, Luís Carlos e Thiago Araújo (2010) e Clênio e Éverton (2011).
“Jogadores chegaram e diante das novas opções, saídas são inevitáveis”, disse o diretor de futebol Paulo Welter.
Com esses novos cortes e outros jogadores que já haviam rescindido seus contratos, as dispensas chegam a catorze. “Estamos trabalhando para formar um grupo competitivo e coeso e não dá pra se trabalhar com quarenta jogadores”, resumiu Welter.
A decisão visa reduzir o número de atletas trabalhando atrás dos gols. “Isso sempre gera insatisfação. Ninguém gosta de ficar de fora do coletivo. Imagine diante desse quadro, onde poderíamos armar três equipes”, ponderou o diretor de futebol.
Com os cortes, hoje o grupo à disposição de Zetti fica limitado a 29 jogadores, já contando com o meia Dinelson, último reforço contratado. Há ainda os casos dos zagueiros Luís Henrique e Bruno Henrique, que estão no departamento médico. Como não poderão jogar tão cedo, não estão incluídos neste grupo.
Na contra mão desse “enxugamento”, porém, a diretoria decidiu segurar o meia-atacante Danielzinho. Mesmo contando com outros cinco jogadores de ataque, o baixinho teve seu contrato prorrogado até maio do ano que vem.
O elenco – que ainda pode receber mais uma ou duas peças – conta agora com três goleiros, cinco laterais, cinco zagueiros, dez jogadores de meio-de-campo (entre volantes e armadores) e seis atacantes.