Paraná B vence Rio Branco e desencanta no Estadual

Enfim, o time B do Paraná Clube desencantou. Com um futebol melhor que o das últimas jornadas, e um gol no finalzinho, o Tricolor quebrou um jejum de quatro jogos sem vitória e derrotou o Rio Branco por 3 a 2, ontem, na Vila Capanema. Embora ainda fora da zona de classificação, a equipe de Zetti segue na briga por uma vaga na segunda fase e pode terminar a semana até na terceira colocação.

Envolvido com a Libertadores, o Tricolor usou suplentes pela quinta partida consecutiva – o volante Goiano foi o único titular diante do Leão. Nos jogos anteriores, a equipe B -termo rejeitado por Zetti – somou dois empates e duas derrotas. Com o triunfo de ontem, o Tricolor sobe para o nono lugar, com 15 pontos, mas duas partidas a menos que a maior parte dos concorrentes. Se o Paraná (possivelmente com o time principal) passar pelo Iguaçu na quarta-feira, e Roma, na quinta, ambos na Vila Capanema, chegará ao clássico com o Atlético, domingo que vem, no mínimo em quarto lugar e com dois pontos a mais que o rival.

Contra o Rio Branco, do ídolo Saulo, os reservas tricolores mostraram evolução.

A postura ousada do Leão expôs novamente as falhas da defesa tricolor. Mesmo assim, o time da Vila exibiu bom repertório de jogadas ofensivas – com destaque para Vinícius Pacheco.

Bons momentos

O atacante Vandinho, tradicionalmente perseguido pela torcida, também teve seus bons momentos. O primeiro foi aos 22 minutos, quando recebeu belo lançamento do jovem Everton e tocou na saída do goleiro Válter. O zagueiro Sérgio ainda tentou salvar, mas a arbitragem apontou que a bola já havia ultrapassado a linha fatal: 1 a 0, resultado de um equilibrado primeiro tempo.

O Paraná teve chances de ampliar, mas o Rio Branco sempre escapava com perigo e encontrou o empate aos 10 minutos. João Vítor falhou, o atacante Massaro carregou e tocou para Baiano, que livrou-se da zaga paranista e bateu cruzado, vencendo Marcos Leandro.

A comemoração do Leão durou pouco. Um minuto depois, uma bola espirrada na área sobrou para Everton, livre. O meia chutou, o goleiro Válter rebateu e Vandinho só empurrou para as redes. Sem razão, o Rio Branco reclamou de impedimento de Everton. Mas o Leão voltaria a igualar o placar aos 20, após cobrança de falta, cochilo da zaga paranista e o toque do zagueiro Sérgio, na pequena área.

As duas equipes seguiram buscando o ataque e o jogo ficou aberto. A partir dos 35 minutos, um temporal caiu sobre a Vila Capanema, deixando a partida ainda mais imprevisível.

Venceu a insistência tricolor: aos 41, Válter rebateu um cruzamento e Joelson fez bom passe para Vinícius Pacheco, que de dentro da área fuzilou sem chances para o goleiro.

Campeonato Paranaense
1ª fase – 12ª rodada

Paraná 3×2 Rio Branco

Paraná
Marcos Leandro; Alex, João Paulo, João Vítor e Digão; Goiano, Felipe Alves (Parral, aos 38 do 1º), Elton (Joelson, aos 13 do 2º) e Everton  (Lima, aos 28 do 2º); Vinícius Pacheco e Vandinho. Técnico: Zetti

Rio Branco
Válter; Tierson, Sérgio, Alan e Elvis (Roger, aos 30 do 2º); Fábio Garcia, Mini (Ricardo, aos 25-2º), Lúcio Flávio e Baiano; Roberto (Jeferson, aos 18-2º) e Massaro. Técnico: Saulo de Freitas

Gols: Vandinho, aos 22 do 1º e aos 11 do 2º, Baiano, aos 10 do 2º, Sérgio, aos 20 do 2º e Vinícius Pacheco, aos 41 do 2º
Local: Vila Capanema
Árbitro: Edivaldo Elias da Silva
Auxiliares: Sérgio Aparecido Alesio e Adair Carlos Mondini
Cartões amarelos: Digão, Everton, João Vítor, Parral e Joelson (P), Tierson, Fábio Garcia, Ricardo e Baiano (RB)
Público: 1.177 pagantes (1.518 total)
Renda: R$ 13.804,00

Tricolor pode ser punido pelo TJD

No Campeonato Paranaense mais mal organizado dos últimos anos, um clube é obrigado a jogar em dois dias consecutivos e pode ser punido por isso.

O Paraná vai a julgamento amanhã, denunciado pelo Tribunal de Justiça Desportiva da Federação Paranaense de Futebol por ter escalado Goiano, Xaves e Lima contra o Cobreloa, em 7 de fevereiro e contra o Cianorte, no dia 8.

A denúncia da procuradoria do TJD-PR evoca o artigo 66 do Regulamento Geral das Competições da CBF (?Nenhum clube e nenhum atleta profissional poderá disputar partidas sem o intervalo mínimo de 66 horas?). Assim, para os procuradores, o Tricolor usou os três atletas sem condição legal de jogo, o que pode causar perda de 6 pontos e multa de até R$ 10 mil, de acordo com o artigo 214 do Código Brasileiro de Justiça Desportiva.

Para o clube, a denúncia implica em algumas aberrações jurídicas. Em primeiro lugar, a própria FPF marcou o jogo contra o Cianorte para o dia 8. ?O artigo 66 proíbe inclusive o clube de jogar sem o intervalo mínimo. Assim, o Paraná nem poderia ter entrado em campo, como determinou o calendário da FPF?, contesta o vice-presidente jurídico tricolor, Luiz Carlos Castro. Da mesma forma, lembra Castro, o Paraná terá que enfrentar o Iguaçu, na próxima quarta-feira, e o Roma no dia seguinte.

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