Paraná arranca empate e traz ponto de São Caetano

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Thiago Neves teve oportunidade
de marcar, mas vacilou e deu chance
ao marcador.

Um descuido quase foi fatal. Mas a atuação regular do Paraná Clube foi premiada com o empate em 1×1 com o São Caetano, ontem, no Anacleto Campanella. O gol tricolor foi marcado por Neto, que mais uma vez foi certeiro em uma cobrança de falta. O Tricolor se mantém entre os primeiros do Campeonato Brasileiro e agora pensa no clássico de sábado contra o Atlético, no Pinheirão.

O primeiro tempo foi equilibrado por trinta minutos. Neste período, São Caetano e Paraná alternaram chances de gol – o Tricolor teve ótimas oportunidades com André Dias e Borges, que tinha a melhor atuação das últimas partidas. Mas, do outro lado, o Azulão complicava o setor de marcação dos visitantes, colocando três homens no ataque (Edílson, Dimba e Fábio Pinto), impedindo que houvesse sobra na zaga paranista.

Assim, em várias oportunidades os avantes paulistas tinham liberdade pelos lados do campo. Flávio tinha que se esforçar para abafar os arremates de Fabio Pinto, e Fernando Lombardi perdia nas disputas de bola alta com Dimba. O Paraná ficava preso na armação de Estevam Soares, mas teve a grande chance de abrir o placar em um contra-ataque. Thiago Neves tentou driblar o marcador e perdeu a jogada. Na seqüência do lance, a defesa não cortou o cruzamento e Edílson, livre, teve tempo de dominar e chutar forte, sem chances para Flávio. "No futebol você tem que simplificar. É a segunda vez que isso acontece. Contra o Corinthians foi igual", reclamou o técnico Lori Sandri, no intervalo.

E a simplicidade é feita, certas vezes, com o treino. E o trabalho fez com que Neto se esmerasse nas cobranças de falta. E ele teve a ousadia de se aproximar para cobrar uma delas, que parecia à feição de Thiago Neves. Melhor para o lateral-direito, que foi perfeito – e melhor para o Paraná, que conseguiu igualar a partida. "É bom poder ajudar e manter o nosso time perto dos líderes", festejou o jogador.

Naquele instante o Tricolor teve boas possibilidades para virar a partida, mas o time não soube aproveitar. Os donos da casa se desesperaram e outros contra-ataques foram criados por Borges e André Dias, sem que o gol saísse. Na reta final do jogo, o São Caetano pressionou, mas foram os visitantes que tiveram a grande chance – e não fosse o árbitro Sérgio da Silva Carvalho, que não deu um pênalti de Alessandro em André Dias, o Paraná poderia ter saído do ABC com mais três pontos.

Campeonato Brasileiro

1.º Turno – 13.ª Rodada

SÃO CAETANO 1 x 1 PARANÁ

São Caetano – Silvio Luiz; Alessandro, Douglas, Gustavo e Triguinho; Zé Luís, Pingo e Lúcio Flávio (Márcio Mixirica); Fábio Pinto (Paulo Miranda, depois Márcio Richards), Edílson e Dimba. Técnico: Estevam Soares.

Paraná – Flávio; Daniel Marques, Fernando Lombardi e Marcos; Neto, Mário César, Rafael Muçamba, Thiago Neves e Vicente; Borges (Flávio Alex) e André Dias. Técnico: Lori Sandri.

Local: Estádio Anacleto Campanella, em São Caetano do Sul

Árbitro: Sérgio da Silva Carvalho (DF)

Assistentes: Rogério Monteiro Oliveira (DF) e Marrubson Melo Freitas (DF)

Gols: Edílson 43 do 1º; Neto 3 do 2º

Cartões amarelos: Gustavo (SC); Rafael Muçamba, Daniel Marques (PR)

Renda: R$ 6.688,00

Público: 932 pagantes

Contra paulistas, em Maringá

Não houve jeito. Com um compromisso firmado e o dinheiro já depositado, o Paraná Clube não pôde aceitar a proposta feita por um empresário curitibano, que tentou trazer de volta os jogos da equipe contra Palmeiras, Santos e São Paulo, que foram marcados para o estádio Willie Davids, em Maringá. Ainda foi feita uma consulta aos dirigentes do Galo Maringá, que "compraram" as partidas, mas estes se recusaram a conversar sobre o assunto.

A reunião do empresário (que não quer se identificar) com o presidente do Paraná, José Carlos de Miranda, aconteceu na tarde de ontem. Miranda apresentou as planilhas de custo do clube e também o contrato firmado com o Galo Maringá – que, a pedido do Tricolor, previa o pagamento antecipado das cotas dos quatro jogos. Com o dinheiro já nas contas, não havia como romper o contrato.

Mas Miranda ainda buscou conversações. Só que os maringaenses foram irredutíveis.

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